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Música

Quincy Jones, Lenda da Música e Produtor de ‘Thriller’, Morre aos 91 Anos

A música mundial se despede de um dos maiores ícones da produção musical, Quincy Jones, que faleceu aos 91 anos neste domingo.

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A música mundial se despede de um dos maiores ícones da produção musical, Quincy Jones, que faleceu aos 91 anos neste domingo. Conhecido por sua contribuição incomparável à música e à indústria do entretenimento, Jones eternizou-se como o gênio por trás de Thriller, de Michael Jackson, o álbum mais vendido de todos os tempos, e da icônica canção “We Are the World”, que uniu artistas globais em prol da solidariedade.

Uma Trajetória de Superação e Brilho nos Palcos e Bastidores

Nascido em 1933, Quincy Delight Jones Jr. superou uma infância desafiadora em Chicago durante a Grande Depressão. Aos 11 anos, um encontro inesperado com um piano em um centro comunitário em Bremerton, Washington, redirecionou sua vida para a música, afastando-o de um caminho de dificuldades e pequenos delitos. Ainda adolescente, formou uma parceria duradoura com Ray Charles e rapidamente ganhou espaço na cena musical de jazz, big band e bebop.

Com apenas 14 anos, Jones já tocava trompete em circuitos de clubes e, após o ensino médio, viajou pelo mundo com grandes nomes do jazz, como Lionel Hampton e Dizzy Gillespie. Em 1961, ao retornar aos Estados Unidos, trabalhou na Mercury Records e se tornou o primeiro vice-presidente negro de uma gravadora americana, demonstrando seu talento também no mundo dos negócios.

Quebrando Barreiras no Cinema e na TV

Nos anos 60, Jones foi atraído por Hollywood e deixou sua marca ao compor trilhas sonoras para filmes e produções icônicas, sendo pioneiro como o primeiro diretor musical negro do Oscar em 1971. Entre suas contribuições mais memoráveis, estão as trilhas de In Cold Blood e Roots, uma minissérie histórica que lhe rendeu um Emmy.

Seu trabalho também inclui parcerias em projetos de televisão marcantes, como The Bill Cosby Show e Sanford and Son, onde sua habilidade de criar composições envolventes e autênticas consolidou sua presença na indústria do entretenimento.

A Ascensão ao Topo com Michael Jackson e “We Are the World”

Em 1978, enquanto trabalhava na trilha do filme The Wiz, Jones conheceu Michael Jackson. Essa colaboração foi o início de uma parceria lendária que resultou nos álbuns Off the Wall, Thriller e Bad, redefinindo a música pop e quebrando recordes globais. Thriller transformou a carreira de Jackson e a vida de Jones, tornando-o um dos produtores mais respeitados e celebrados do século XX.

Em 1985, Jones produziu “We Are the World”, uma iniciativa filantrópica histórica que reuniu dezenas de estrelas em prol do combate à fome na África. O projeto, que venceu três Grammys, tornou-se um símbolo de solidariedade e de sua habilidade em unir talentos para causas nobres.

Legado e Contribuição para a Cultura Pop

A carreira de Quincy Jones abrange mais de sete décadas e inclui mais de 400 álbuns, 35 trilhas sonoras de filmes e 27 prêmios Grammy, um recorde que fala por sua influência inigualável. Ele também foi responsável por apresentar Oprah Winfrey ao público nacional, coproduzindo o filme A Cor Púrpura, e criou a produtora responsável pelo lançamento de The Fresh Prince of Bel-Air, série que lançou a carreira de Will Smith.

Em 2018, o documentário Quincy, dirigido por sua filha Rashida Jones, celebrou sua vida e carreira no Netflix, consolidando sua história como um verdadeiro “starter pack” da música e do entretenimento.

Uma Mensagem de Humildade e Persistência

Ao longo de sua vida, Quincy Jones manteve-se uma figura inspiradora e acessível, compartilhando uma mensagem de humildade e perseverança. Em uma de suas últimas entrevistas, ele refletiu: “Não desista nunca. Mantenha a humildade com a criatividade e a graça com o sucesso. Só porque você está por trás de um disco número um não o torna melhor do que ninguém.”

Jones deixa sete filhos e um legado que atravessa gerações, inspirando músicos, produtores e fãs ao redor do mundo. Sua ausência será sentida, mas sua obra continuará a ressoar, reafirmando a essência da música como uma linguagem universal de amor e transformação.

Quincy Jones, obrigado por tudo. Sua música e legado viverão para sempre.

Música

MV Bill lança clipe “Volta Por Cima”, celebrando a resistência e a força do morador da periferia

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O novo videoclipe de MV Bill, “Volta Por Cima“, representa uma celebração da resiliência e da luta cotidiana dos moradores das periferias brasileiras. O que mais chama atenção é a sua visão sensível e combativa dos problemas que afligem nossas comunidades, quase nos incitando à vitória e à irmandade. Nessa música, MV Bill convocou um time de peso! Com participação especial da banda Jota Quest e da cantora Kmila CDD, e produção que leva a assinatura de DJ Caique, a força da música é complementada pela direção do videoclipe por Alexandre de Maio.

No cenário nacional, MV Bill é um dos maiores nomes: construiu sua carreira com letras que refletem a vida nas periferias, trazendo à tona figuras normalmente invisibilizadas e construindo pontes entre diferentes realidades. O rapper carioca tem sido um símbolo de luta social desde a década de 1990, quando lançou hinos como “Soldado do Morro” e “Cidadão Comum“. Em “Na Visão do Morador“, ele reafirma esse compromisso na primeira pessoa do plural, valorizando a dignidade e a esperança de quem vive em meio a tanta adversidade.

Volta Por Cima” é, acima de tudo, um convite à reflexão e ao recomeço.

A letra aborda a superação das adversidades com força e sem perder o foco nos objetivos maiores, mesmo diante de tentativas de opressão, o que está muito evidente. A colaboração com Jota Quest adiciona uma camada musical ao rap e ao pop rock, ampliando o alcance da mensagem para um público ainda maior. Enquanto isso, Kmila CDD, com sua voz marcante, traz a emoção necessária para completar a mensagem de força e resiliência.

Assista aqui:

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Música

Rappin’ Hood desafia a cultura armamentista com “Ponto 41”

Rappin’ Hood, um dos nomes mais respeitados do rap nacional, está de volta com um lançamento crucial para o momento que estamos vivendo na sociedade

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Rappin’ Hood, um dos nomes mais respeitados do rap nacional, está de volta com um lançamento crucial para o momento que estamos vivendo na sociedade. Em parceria com o produtor Techsoul, o rapper apresenta “Ponto 41”, uma música que, por meio de versos afiados e uma batida envolvente, faz uma crítica contundente à cultura armamentista e à violência que assola o Brasil.

A faixa vai além da superfície ao abordar a normalização das armas no cotidiano e o impacto devastador dessa realidade, principalmente nas periferias. “Ponto 41” não é apenas uma música; é um manifesto codificado, como o próprio artista sugere, que reflete sobre a relação entre poder, opressão e desigualdade.

No clipe, lançado junto com a música, Rappin’ Hood utiliza imagens carregadas de simbolismo para reforçar a mensagem. Em cenários que retratam a urbanidade e o caos das grandes cidades, o rapper apresenta personagens que refletem o contraste entre a força do armamento e a vulnerabilidade da população. É um trabalho visual impactante, que traz a assinatura criativa de uma equipe comprometida com a ideia de transformação social.

“Essa música é uma provocação. A gente vive em um país onde o acesso às armas é discutido como solução para a segurança, mas os números mostram o contrário. Precisamos de mais diálogo, educação e cultura, não de violência,” declarou Rappin’ Hood.

A parceria com Techsoul agrega ainda mais força ao projeto. Conhecido por sua habilidade em criar produções inovadoras, o produtor trouxe elementos que misturam o peso do rap tradicional com nuances contemporâneas, resultando em uma sonoridade única. O resultado é uma obra que não apenas critica, mas também instiga o público a refletir e agir.

Com “Ponto 41”, Rappin’ Hood e seu papel como porta-voz das periferias e do Hip Hop nacional, usa sua música para desafiar sistemas opressivos e questionar o status quo. Em tempos de polarização e violência crescente, a faixa surge como um grito necessário, mostrando que o rap ainda é, e sempre será, uma poderosa ferramenta de resistência e transformação.

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Moda

Cantoras Brasileiras que quebram padrões através da Moda

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A moda vai muito além de uma forma de vestir; é uma linguagem que comunica identidade, crenças e transformações. Na música brasileira contemporânea, artistas como Tássia Reis, Maria Beraldo, Letrux, Jup do Bairro, Alice Caymmi e Lei Di Dai utilizam suas escolhas de estilo para transcender normas e construir narrativas que questionam padrões de gênero, feminilidade e acessibilidade na moda.

Moda como Manifesto Pessoal

Para Maria Beraldo, clarinetista e cantora, a moda desempenhou um papel crucial no processo de autoaceitação e saída do armário. Seu estilo flutua entre o feminino e o masculino, incorporando peças como blazers e hot pants que instigam questionamentos sobre os limites tradicionais de gênero.

Essa liberdade estilística, que reflete sua busca por identidade, também está presente no trio Bolerinho, onde Maria e as outras integrantes exploram referências culturais, como a obra de Frida Kahlo, para criar visuais autênticos e livres de padrões opressores.

Letrux também encontrou na moda uma extensão de sua arte. Após o lançamento do álbum Letrux em Noite de Climão, ela adotou o vermelho como sua cor-símbolo, associando-se ao drama e à paixão de sua música. Com uma estética tomboy tropicalizada, Letrux une o minimalismo e a androginia a elementos vibrantes e vintage, mostrando que a moda é uma narrativa visual de sua obra.

Moda e Feminismo

O feminismo tem sido uma força motriz na transformação de muitas dessas artistas, moldando não só suas visões de mundo, mas também suas relações com o vestir. A cantora Tássia Reis, por exemplo, encontrou na moda uma forma de resistência e criação. Fundadora da marca Xiu, ela traduz sua experiência de vida em peças acessíveis e estilosas, ressignificando a moda streetwear como um espaço de empoderamento.

Já Jup do Bairro traz um olhar crítico e político para sua relação com a moda. Criadora da marca No Pano, ela busca superar as limitações da indústria ao criar peças genderless que contemplem corpos diversos, promovendo uma moda inclusiva e sem restrições de gênero. Sua postura reforça a ideia de que a moda é uma ferramenta de proteção e afirmação para pessoas trans e corpos marginalizados.

Roupas como Expressão Artística

O ato de vestir-se, para muitas dessas artistas, vai além do estilo pessoal: é um meio de explorar personagens e expandir limites criativos. Alice Caymmi, por exemplo, transformou seu visual ao longo de sua carreira, transitando de uma estética dark para um universo pop cheio de cores neon e tule. Para ela, a moda é uma mistura entre o estranho e o bonito, um espaço onde o novo pode emergir.

Lei Di Dai, por outro lado, combina tecidos brilhosos e streetwear para compor seus looks, sempre desafiando normas impostas a corpos gordos. Ela enfatiza que o ato de vestir-se como se deseja é uma afirmação de liberdade. “Quero mostrar que é possível usar o que quisermos, independentemente do tamanho ou forma do nosso corpo”, afirma a cantora.

Moda como Inclusão

A indústria da moda tem avançado lentamente na busca por inclusão, mas a realidade ainda é desigual, especialmente para corpos fora dos padrões convencionais.

Muitas das cantoras mencionadas encontraram na criação independente uma forma de superar essas barreiras. Marcas autorais, como as de Tássia Reis e Jup do Bairro, não apenas preenchem lacunas do mercado, mas também reconfiguram os padrões de beleza e consumo.

Essa busca por uma moda mais inclusiva também reflete mudanças em grifes de luxo, que agora flertam com peças genderless e desfiles que unem coleções masculinas e femininas. No entanto, a acessibilidade a essas inovações ainda é limitada. É por isso que iniciativas de estilistas independentes e de brechós ganham força, servindo como espaços de experimentação e liberdade criativa.

Moda como Ato Político

Para essas artistas, a moda não é apenas estética; é uma declaração política. Ao vestir peças que rompem com padrões de gênero e corpos idealizados, elas desafiam sistemas que historicamente restringiram a liberdade de expressão.

Seja com cortes de cabelo ousados, peças vintage ou roupas feitas sob medida, suas escolhas estilísticas falam de uma luta maior por inclusão, respeito e autonomia. No fim, o que une essas cantoras é o uso da moda como uma extensão de suas vozes, tanto nas letras quanto nas escolhas visuais.

Elas provam que estilo não é só sobre o que vestimos, mas sobre como nos apresentamos ao mundo e que histórias decidimos contar por meio disso. Em um mundo que ainda tenta limitar a expressão de muitos, sua postura e criatividade inspiram e abrem caminhos para novas formas de liberdade.

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