Música
Snoop Dogg e Dr. Dre Retornam ao Topo das Paradas com “Gorgeous”
Após 13 anos fora das principais paradas de R&B/Hip-Hop, os ícones Snoop Dogg e Dr. Dre voltam a conquistar espaço com “Gorgeous”.
Após 13 anos fora das principais paradas de R&B/Hip-Hop, os ícones Snoop Dogg e Dr. Dre voltam a conquistar espaço com “Gorgeous”, uma faixa que antecipa o próximo álbum de Snoop, Missionary, previsto para lançamento em 13 de dezembro. A colaboração, que também conta com a talentosa Jhene Aiko, estreou na posição 29 da parada R&B/Hip-Hop Airplay da Billboard em 16 de novembro, acumulando 3 milhões de impressões de audiência nos Estados Unidos entre 1 e 7 de novembro, segundo dados da Luminate.
Uma Reunião de Lendas do Hip-Hop e uma Nova Promessa
“Gorgeous” marca o reencontro entre Snoop Dogg e Dr. Dre, que não colaboravam nas paradas desde 2011 com “Kush”, faixa de Dre que contou com a participação de Snoop e Akon. Desta vez, a parceria incluiu Jhene Aiko, ampliando o alcance da canção com um toque contemporâneo e sutil de R&B. A colaboração não apenas impulsiona o álbum Missionary, mas também reforça o legado de ambos os artistas, que juntos foram essenciais para consolidar a costa oeste como um polo de influência no hip-hop, rivalizando com a costa leste dos Estados Unidos.
Gorgeous nas Paradas e o Retorno de Snoop Dogg e Dr. Dre
A canção também estreia no número 34 na parada Mainstream R&B/Hip-Hop Airplay e no número 26 na Rhythmic Airplay, mostrando força em estações de rádio como WHHH-FM, em Indianapolis, e WIZF-FM, em Cincinnati, além de KRRL-FM, em Los Angeles, cidade natal dos três artistas.
Este lançamento marca a 69ª entrada de Snoop Dogg na R&B/Hip-Hop Airplay, a 34ª para Dr. Dre e a 16ª para Jhene Aiko, que mantém um recorde de presença anual desde sua estreia na lista em 2013. A faixa “Gorgeous” ainda traz novas melhores posições de estreia nas paradas para Dre e Aiko, enquanto Snoop fica apenas uma posição abaixo de seu recorde anterior, alcançado em 2018 com “Smile (Living My Best Life)”.
Missionary: A Nova Era da Dupla Clássica de Doggystyle
O novo álbum Missionary será o primeiro projeto completo entre Snoop Dogg e Dr. Dre desde o icônico Doggystyle, lançado em 1993. Esse álbum histórico foi um dos pilares para o reconhecimento global da costa oeste, com hits como “Gin and Juice” e “What’s My Name?”, que continuam a influenciar o gênero. Com Dre na produção, Missionary promete reacender a parceria que definiu uma era e atrair tanto fãs antigos quanto uma nova geração para o som característico dos anos 90, agora repaginado.
O impacto de Gorgeous e a expectativa por Missionary provam que, mesmo após décadas de carreira, Snoop Dogg e Dr. Dre ainda conseguem cativar o público e dominar as paradas com autenticidade e inovação, reafirmando seu lugar no hip-hop mundial.
Música
MV Bill lança clipe “Volta Por Cima”, celebrando a resistência e a força do morador da periferia
O novo videoclipe de MV Bill, “Volta Por Cima“, representa uma celebração da resiliência e da luta cotidiana dos moradores das periferias brasileiras. O que mais chama atenção é a sua visão sensível e combativa dos problemas que afligem nossas comunidades, quase nos incitando à vitória e à irmandade. Nessa música, MV Bill convocou um time de peso! Com participação especial da banda Jota Quest e da cantora Kmila CDD, e produção que leva a assinatura de DJ Caique, a força da música é complementada pela direção do videoclipe por Alexandre de Maio.
No cenário nacional, MV Bill é um dos maiores nomes: construiu sua carreira com letras que refletem a vida nas periferias, trazendo à tona figuras normalmente invisibilizadas e construindo pontes entre diferentes realidades. O rapper carioca tem sido um símbolo de luta social desde a década de 1990, quando lançou hinos como “Soldado do Morro” e “Cidadão Comum“. Em “Na Visão do Morador“, ele reafirma esse compromisso na primeira pessoa do plural, valorizando a dignidade e a esperança de quem vive em meio a tanta adversidade.
“Volta Por Cima” é, acima de tudo, um convite à reflexão e ao recomeço.
A letra aborda a superação das adversidades com força e sem perder o foco nos objetivos maiores, mesmo diante de tentativas de opressão, o que está muito evidente. A colaboração com Jota Quest adiciona uma camada musical ao rap e ao pop rock, ampliando o alcance da mensagem para um público ainda maior. Enquanto isso, Kmila CDD, com sua voz marcante, traz a emoção necessária para completar a mensagem de força e resiliência.
Assista aqui:
Música
Rappin’ Hood desafia a cultura armamentista com “Ponto 41”
Rappin’ Hood, um dos nomes mais respeitados do rap nacional, está de volta com um lançamento crucial para o momento que estamos vivendo na sociedade
Rappin’ Hood, um dos nomes mais respeitados do rap nacional, está de volta com um lançamento crucial para o momento que estamos vivendo na sociedade. Em parceria com o produtor Techsoul, o rapper apresenta “Ponto 41”, uma música que, por meio de versos afiados e uma batida envolvente, faz uma crítica contundente à cultura armamentista e à violência que assola o Brasil.
A faixa vai além da superfície ao abordar a normalização das armas no cotidiano e o impacto devastador dessa realidade, principalmente nas periferias. “Ponto 41” não é apenas uma música; é um manifesto codificado, como o próprio artista sugere, que reflete sobre a relação entre poder, opressão e desigualdade.
No clipe, lançado junto com a música, Rappin’ Hood utiliza imagens carregadas de simbolismo para reforçar a mensagem. Em cenários que retratam a urbanidade e o caos das grandes cidades, o rapper apresenta personagens que refletem o contraste entre a força do armamento e a vulnerabilidade da população. É um trabalho visual impactante, que traz a assinatura criativa de uma equipe comprometida com a ideia de transformação social.
“Essa música é uma provocação. A gente vive em um país onde o acesso às armas é discutido como solução para a segurança, mas os números mostram o contrário. Precisamos de mais diálogo, educação e cultura, não de violência,” declarou Rappin’ Hood.
A parceria com Techsoul agrega ainda mais força ao projeto. Conhecido por sua habilidade em criar produções inovadoras, o produtor trouxe elementos que misturam o peso do rap tradicional com nuances contemporâneas, resultando em uma sonoridade única. O resultado é uma obra que não apenas critica, mas também instiga o público a refletir e agir.
Com “Ponto 41”, Rappin’ Hood e seu papel como porta-voz das periferias e do Hip Hop nacional, usa sua música para desafiar sistemas opressivos e questionar o status quo. Em tempos de polarização e violência crescente, a faixa surge como um grito necessário, mostrando que o rap ainda é, e sempre será, uma poderosa ferramenta de resistência e transformação.
Moda
Cantoras Brasileiras que quebram padrões através da Moda
A moda vai muito além de uma forma de vestir; é uma linguagem que comunica identidade, crenças e transformações. Na música brasileira contemporânea, artistas como Tássia Reis, Maria Beraldo, Letrux, Jup do Bairro, Alice Caymmi e Lei Di Dai utilizam suas escolhas de estilo para transcender normas e construir narrativas que questionam padrões de gênero, feminilidade e acessibilidade na moda.
Moda como Manifesto Pessoal
Para Maria Beraldo, clarinetista e cantora, a moda desempenhou um papel crucial no processo de autoaceitação e saída do armário. Seu estilo flutua entre o feminino e o masculino, incorporando peças como blazers e hot pants que instigam questionamentos sobre os limites tradicionais de gênero.
Essa liberdade estilística, que reflete sua busca por identidade, também está presente no trio Bolerinho, onde Maria e as outras integrantes exploram referências culturais, como a obra de Frida Kahlo, para criar visuais autênticos e livres de padrões opressores.
Letrux também encontrou na moda uma extensão de sua arte. Após o lançamento do álbum Letrux em Noite de Climão, ela adotou o vermelho como sua cor-símbolo, associando-se ao drama e à paixão de sua música. Com uma estética tomboy tropicalizada, Letrux une o minimalismo e a androginia a elementos vibrantes e vintage, mostrando que a moda é uma narrativa visual de sua obra.
Moda e Feminismo
O feminismo tem sido uma força motriz na transformação de muitas dessas artistas, moldando não só suas visões de mundo, mas também suas relações com o vestir. A cantora Tássia Reis, por exemplo, encontrou na moda uma forma de resistência e criação. Fundadora da marca Xiu, ela traduz sua experiência de vida em peças acessíveis e estilosas, ressignificando a moda streetwear como um espaço de empoderamento.
Já Jup do Bairro traz um olhar crítico e político para sua relação com a moda. Criadora da marca No Pano, ela busca superar as limitações da indústria ao criar peças genderless que contemplem corpos diversos, promovendo uma moda inclusiva e sem restrições de gênero. Sua postura reforça a ideia de que a moda é uma ferramenta de proteção e afirmação para pessoas trans e corpos marginalizados.
Roupas como Expressão Artística
O ato de vestir-se, para muitas dessas artistas, vai além do estilo pessoal: é um meio de explorar personagens e expandir limites criativos. Alice Caymmi, por exemplo, transformou seu visual ao longo de sua carreira, transitando de uma estética dark para um universo pop cheio de cores neon e tule. Para ela, a moda é uma mistura entre o estranho e o bonito, um espaço onde o novo pode emergir.
Lei Di Dai, por outro lado, combina tecidos brilhosos e streetwear para compor seus looks, sempre desafiando normas impostas a corpos gordos. Ela enfatiza que o ato de vestir-se como se deseja é uma afirmação de liberdade. “Quero mostrar que é possível usar o que quisermos, independentemente do tamanho ou forma do nosso corpo”, afirma a cantora.
Moda como Inclusão
A indústria da moda tem avançado lentamente na busca por inclusão, mas a realidade ainda é desigual, especialmente para corpos fora dos padrões convencionais.
Muitas das cantoras mencionadas encontraram na criação independente uma forma de superar essas barreiras. Marcas autorais, como as de Tássia Reis e Jup do Bairro, não apenas preenchem lacunas do mercado, mas também reconfiguram os padrões de beleza e consumo.
Essa busca por uma moda mais inclusiva também reflete mudanças em grifes de luxo, que agora flertam com peças genderless e desfiles que unem coleções masculinas e femininas. No entanto, a acessibilidade a essas inovações ainda é limitada. É por isso que iniciativas de estilistas independentes e de brechós ganham força, servindo como espaços de experimentação e liberdade criativa.
Moda como Ato Político
Para essas artistas, a moda não é apenas estética; é uma declaração política. Ao vestir peças que rompem com padrões de gênero e corpos idealizados, elas desafiam sistemas que historicamente restringiram a liberdade de expressão.
Seja com cortes de cabelo ousados, peças vintage ou roupas feitas sob medida, suas escolhas estilísticas falam de uma luta maior por inclusão, respeito e autonomia. No fim, o que une essas cantoras é o uso da moda como uma extensão de suas vozes, tanto nas letras quanto nas escolhas visuais.
Elas provam que estilo não é só sobre o que vestimos, mas sobre como nos apresentamos ao mundo e que histórias decidimos contar por meio disso. Em um mundo que ainda tenta limitar a expressão de muitos, sua postura e criatividade inspiram e abrem caminhos para novas formas de liberdade.
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