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Cúpula Social do G20: Diálogo e Transformação no Combate à Fome e Desigualdade
A manhã deste sábado (16) marcou um momento histórico no G20 Social, com a aprovação da Declaração Final da Cúpula Social do G20. Este documento, fruto de intensos debates realizados nos últimos dias, será entregue ainda hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, que assumirá a liderança do grupo em 2025. A proposta concentra-se em temas cruciais como o combate à fome, à desigualdade e à pobreza, alinhando as demandas da sociedade civil com as pautas globais.
Uma Construção Coletiva de Impacto
O evento, descrito por Márcio Macedo, secretário-geral da Presidência da República e coordenador do G20 Social, como um marco significativo, envolveu a participação de 47 mil pessoas. “Dialogar com o Brasil e o mundo é essencial, e o que estamos construindo aqui pode mudar o futuro”, destacou.
A Declaração Final não é vinculante para os chefes de Estado, mas representa um apelo poderoso da sociedade civil para a inclusão dessas pautas nas discussões de maior escala. O fato de ser apresentada em um contexto global reflete o desejo do Brasil de liderar debates sobre equidade social e desenvolvimento sustentável.
O Papel do Brasil e da África do Sul
Sob a liderança de Lula, o Brasil tem reafirmado seu compromisso com temas sociais, utilizando o G20 como palco para destacar questões urgentes, como a erradicação da fome. Já a África do Sul, prestes a assumir a presidência do G20, reforça a continuidade dessa agenda humanitária.
A Importância da Participação Popular
O grande diferencial do G20 Social foi a inclusão massiva de vozes populares. Essa abertura para o diálogo comunitário é inédita e reforça a importância de trazer a sociedade civil para as discussões de políticas públicas globais. O evento não só destaca a força da mobilização social, mas também a capacidade de formular propostas que, se acolhidas, podem transformar a realidade de milhões.
Um Legado para o Futuro
A entrega da Declaração Final é mais do que um ato simbólico. Representa um compromisso coletivo de priorizar vidas humanas e reduzir desigualdades em um mundo onde 1% da população concentra boa parte da riqueza. É uma mensagem clara: o combate à fome e à pobreza não pode ser apenas um debate acadêmico, mas uma prioridade real e urgente.
Com o envolvimento de líderes globais e a força de um movimento social vibrante, a Cúpula Social do G20 reafirma que mudanças estruturais só podem acontecer quando os cidadãos se tornam protagonistas no processo de transformação global.
Leia a íntegra:
A Cúpula Social do G20, reunida entre os dias 14 e 16 de novembro, no Rio de Janeiro, ao final do amplo processo de participação do G20 Social, convocado pela Presidência Brasileira do G20, dirige aos líderes mundiais, que se reunirão entre os dias 18 e 19 de novembro, na Cúpula do G20, a seguinte DECLARAÇÃO sobre as principais propostas da sociedade civil global, consensuadas durante os trabalhos realizados ao longo do ano, em torno dos três temas centrais da presidência brasileira do G20:
- Combate à Fome, à Pobreza e à Desigualdade;
- Sustentabilidade, Mudanças do Clima e Transição Justa;
- Reforma da Governança Global.
QUEM SOMOS E DE ONDE FALAMOS
Representamos movimentos sociais e organizações da sociedade civil do Brasil e do mundo, reunidos ao final de intensos processos participativos, que buscaram dar voz aos mais diversos segmentos da sociedade global, frequentemente impactados, mas raramente ouvidos nas grandes decisões geopolíticas e macroeconômicas conduzidas por um seleto grupo de mandatários.
Durante esses meses de trabalho, buscamos incorporar as demandas, reivindicações e propostas historicamente construídas pelas organizações e movimentos de mulheres, negros e negras, povos originários e indígenas, comunidades tradicionais, pessoas com deficiências, LGBTQIA+, jovens, crianças, adolescentes, pessoas idosas, populações deslocadas ou em situação de rua, migrantes, refugiados e apátridas, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, da economia formal, informal, solidária e de cuidados. Todos clamando por uma reforma da governança global que assegure o fim dos conflitos armados, o desenvolvimento e a justiça socioambiental para si e para todo o planeta.
COMBATE À FOME, À POBREZA E À DESIGUALDADE
Em caráter de urgência e prioridade máxima, é imperiosa a adesão de todos os países do G20 e outros Estados, à iniciativa da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, essa aliança deve promover a cooperação e a intercooperação entre países e organismos internacionais, estabelecendo um fundo específico para financiar políticas públicas e programas de combate à fome, de forma a garantir o acesso universal à alimentação adequada.
Defendemos a soberania alimentar, a partir da produção de alimentos saudáveis, como um pilar para erradicar o flagelo da fome em cada nação e no plano global. Os povos devem ter reconhecido o direito do acesso democratizado à terra e à água, de controlar sua própria produção e distribuição de alimentos, com ênfase em práticas agroecológicas e de preservação do meio ambiente. A promoção de uma alimentação saudável deve ser central para assegurar justiça socioambiental, garantindo que todos os grupos sociais, independentemente de raça, classe, género ou origem, tenham acesso igualitário aos benefícios ambientais, respeitando as culturas alimentares tradicionais e evitando a mercantilização dos recursos naturais.
Reafirmamos a centralidade do trabalho decente, conforme os padrões da OIT, como elemento essencial na superação da pobreza e das desigualdades. É crucial combater o trabalho escravo, infantil, o tráfico humano e todas as demais formas de exploração e de precarização do trabalho. Enfatizamos a defesa da formalização do mercado de trabalho e de economias inclusivas e contra-hegemônicas, como a economia popular e solidária, cooperativas, cozinhas solidárias e o reconhecimento e valorização da economia de cuidados. É essencial assegurar que todos, especialmente jovens, população negra, mulheres e os mais vulneráveis, tenham acesso a empregos dignos, sistemas de seguridade e proteção social e à ampliação dos direitos sindicais.
SUSTENTABILIDADE, MUDANÇAS DO CLIMA E TRANSIÇÃO JUSTA
Os mesmos dilemas que atingem milhões de pessoas vítimas da fome, das desigualdades e da pobreza refletem-se no descompromisso da maioria dos países desenvolvidos e de suas elites com o enfrentamento das mudanças climáticas e o aquecimento global. As populações mais afetadas pela fome e peta pobreza são as que mais sofrem com as emergências climáticas e desastres naturais, que se tornam mais intensos e frequentes em todo o mundo.
Reiteramos a urgência de enfrentar as mudanças climáticas, com respeito à ciência e os conhecimentos tradicionais dos nossos povos, destacando a importância dos compromissos de adaptação e mitigação no âmbito da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e do Acordo de Paris. É uma exigência ética que os líderes mundiais assumam um compromisso firme com a redução de emissões de gases de efeito estufa e do desmatamento, bem como a proteção dos oceanos, condições essenciais para limitar o aquecimento global a 1,5°C e evitar danos irreversíveis ao planeta.
A transição justa, como processo de transformação socioeconômica para um modelo sustentável, deve ser o princípio norteador para substituir o modelo de produção baseado em combustíveis fósseis por uma economia de baixo carbono. Essa transformação precisa enfrentar a exclusão social, a pobreza energética e o racismo ambiental, e garantir condições equitativas para trabalhadores e trabalhadoras, pessoas negras e comunidades vulneráveis. Reforçamos que essa transição exige um esforço relevante de educação ambiental, participação social e formação cidadã.
Precisamos reforçar, também, a proteção de nossas florestas tropicais através da criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF), um mecanismo de financiamento internacional dedicado à sua proteção e inclusão socioprodutiva das populações que delas vivem e as mantém em pé. Este fundo, somado a um Novo Objetivo Quantificado Coletivo (NCQC) de financiamento climático, fortalecerá a articulação global necessária para preservar o meio ambiente, garantindo o apoio financeiro contínuo para conservar a biodiversidade e enfrentar a crise climática de forma eficaz.
REFORMA DA GOVERNANÇA GLOBAL
Para atingir esses objetivos, reivindicamos a necessária e inadiável reforma do modelo atual de governança global, que já se mostrou incapaz de oferecer respostas aos desafios contemporâneos e a manutenção da paz.
Assim, enfatizamos a necessidade inadiável de reforma das instituições internacionais para que reflitam a realidade geopolítica contemporânea, com a promoção do multilateralismo e ampliação da participação dos governos e povos dos países do Sul Global nos fóruns decisórios. Em especial, a reforma do Conselho de Segurança da ONU é imprescindível para garantir a diversidade de vozes globais e promover soluções mais equilibradas e eficazes frente aos desafios atuais.
Defendemos que esta reforma abrace a premissa da promoção da democracia e da participação da sociedade civil. A democracia está em risco quando forças de extrema direita promovem desinformação, discursos totalitários e autoritários, atentando contra os direitos humanos e veiculando mentira, ódio, preconceito, xenofobia, etarismo, racismo e violência nas relações sociais e política, dentro das fronteiras de cada país e no plano internacional. Defender a democracia implica em defender o Estado Democrático de Direito e a participação direta da população nos mecanismos nacionais e internacionais de regulação das informações. O exercício do direito à transparência e comunicação plural assegura uma governança global inclusiva, conferindo legitimidade e eficácia aos Estados e organismos internacionais.
Acreditamos que a justiça fiscal é uma ferramenta fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável. Por isso, defendemos a taxação progressiva dos super-ricos, com a garantia de que os recursos arrecadados sejam destinados a fundos nacionais e internacionais de financiamento de políticas sociais, ambientais e culturais. Esses e todos os demais fundos aqui reivindicados devem estar regidos por princípios de transparência, controle e participação da sociedade civil.
CONCLUSÃO
Senhores e senhoras líderes do G20, é hora de assumirmos a responsabilidade de liderar uma transformação que seja efetivamente profunda e duradoura. Compromissos ambiciosos são essenciais para fortalecer as instituições internacionais, combater a fome e a desigualdade, mitigar os impactos das mudanças do clima e proteger nossos ecossistemas. Este é o momento de agir com determinação e solidariedade. Com vontade política e a institucionalização de instâncias como a Cúpula Social do G20, podemos. sim, construir uma agenda coletiva que honre o compromisso com a justiça social e com a paz global.
Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2024.
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Red Bull BC One 2024: O Mundo do Breaking Converge no Rio de Janeiro
Prepare-se para um evento épico, porque no dia 7 de dezembro de 2024, o Rio de Janeiro será palco da grande Final Mundial do Red Bull BC One, a maior competição de breaking 1×1 do planeta! O evento, que já é uma verdadeira celebração global da cultura hip hop e da dança urbana, acontecerá na icônica Jeunesse Arena, marcando a terceira vez que o Brasil recebe a fase final deste torneio lendário.
O Red Bull BC One, que comemora 20 anos de história nesta edição, promete uma noite inesquecível para os fãs de breaking e da cultura de rua. O retorno ao Rio de Janeiro não é apenas um momento nostálgico, mas também um marco significativo, já é a terceira vez que o evento acontece no Brasil, o Rio de Janeiro sediou a etapa final do evento em 2012. Antes disso, a estreia do Brasil como sede da competição foi em 2006, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Agora, o Rio mais uma vez se transforma no centro mundial do breaking, reunindo os melhores B-Boys e B-Girls do planeta para batalhas eletrizantes.
A escolha do Rio de Janeiro para a final deste ano não poderia ser mais apropriada. A cidade, conhecida por sua vibração cultural e seu papel como berço de diversas manifestações artísticas, reflete o espírito do breaking — uma dança que nasceu como expressão de resistência e criatividade nas ruas, mas que conquistou os palcos globais com sua energia e autenticidade.
Cada movimento, cada “freeze” e cada batalha contam histórias, misturando técnica impecável com paixão incontrolável. No Red Bull BC One, os competidores não disputam apenas troféus, mas a chance de serem lembrados como lendas em um universo onde estilo e originalidade são a chave do sucesso.
Além de celebrar os 20 anos do Red Bull BC One, a final de 2024 também é um reflexo do impacto duradouro que o breaking tem tido na cultura global. Desde sua origem como um dos pilares do hip hop até sua inclusão oficial nas Olimpíadas, o breaking continua a inspirar gerações, conectando pessoas de diferentes partes do mundo em torno de sua magia.
Se você é fã da cultura urbana, da dança ou simplesmente quer testemunhar a história sendo escrita diante de seus olhos, não pode perder essa oportunidade única.
Reserve sua agenda e prepare-se para uma experiência transformadora no dia 7 de dezembro, na Jeunesse Arena.
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LeBron James viraliza ao interpretar Kendrick Lamar em vídeo descontraído
O astro do basquete LeBron James mais uma vez mostrou que sua influência vai além das quadras.
O astro do basquete LeBron James mais uma vez mostrou que sua influência vai para além das quadras. Em um momento descontraído que rapidamente se tornou viral, o jogador foi filmado enquanto interpretava com entusiasmo a música “TV Off”, de Kendrick Lamar. A performance chamou a atenção dos fãs de Hip Hop e do esporte, reforçando a conexão de LeBron com a cultura urbana.
O vídeo foi compartilhado nas redes sociais e gerou uma onda de comentários positivos, destacando a habilidade do jogador em capturar a energia da faixa. A interpretação de LeBron não apenas evidenciou seu carisma, mas também reacendeu a discussão sobre a influência do Hip Hop na cultura esportiva.
LeBron sempre foi um grande apoiador da música rap e, frequentemente, usa suas redes sociais para compartilhar trechos de músicas que o inspiram, além de apoiar artistas do gênero. Essa relação próxima entre o jogador e a cultura Hip Hop o transformou em uma figura influente além do esporte, conectando diferentes públicos e fortalecendo a ponte entre a música e o basquete.
A faixa “TV Off”, de Kendrick Lamar, também ganhou destaque com a viralização do vídeo. A música, conhecida por sua letra profunda e um instrumental cativante, é mais uma prova do talento do rapper, que é frequentemente exaltado como uma das vozes mais poderosas e criativas de sua geração. A performance de LeBron ajudou a impulsionar ainda mais a popularidade da faixa, mostrando como figuras públicas podem ampliar o alcance de músicas que já são culturalmente significativas.
Esse momento descontraído de LeBron James reflete o poder da música Hip Hop em transcender barreiras e se conectar com pessoas de diferentes áreas. Enquanto Kendrick Lamar segue entregando letras que impactam, LeBron continua a demonstrar que, seja nas quadras ou no universo cultural, ele é uma figura central que inspira e engaja milhões ao redor do mundo.
O vídeo reforça a sinergia entre esporte e música, duas forças que constantemente moldam e representam a cultura urbana contemporânea.
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Boogie Week celebra a história do Hip Hop com homenagens a Leci Brandão e Nelson Triunfo
A Boogie Week 2024, um dos maiores eventos de cultura urbana do Brasil, foi marcada por uma noite histórica.
A Boogie Week 2024, um dos maiores eventos de cultura urbana do Brasil, foi marcada por uma noite histórica. No Prêmio Grio, realizado na última quarta-feira, 22 de novembro, a celebração destacou duas lendas vivas que ajudaram a moldar as bases do Hip Hop e da cultura negra no país: Leci Brandão e Nelson Triunfo. O evento aconteceu no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, reunindo artistas, ativistas e admiradores da cena cultural brasileira.
Leci Brandão, cantora, compositora e deputada estadual, foi homenageada por sua contribuição à música brasileira e sua luta incansável pelos direitos das minorias. Ao longo de sua carreira, Leci sempre manteve uma relação profunda com as comunidades periféricas, abordando em suas canções temas como igualdade, resistência e amor-próprio. Já Nelson Triunfo, conhecido como o “Pai do Hip Hop Brasileiro”, foi reconhecido por sua trajetória pioneira na dança e sua influência na construção do movimento Hip Hop no país. Sua presença constante em eventos culturais e seu papel como mentor de novas gerações reafirmam seu lugar como um ícone da cultura de rua.
Além das homenagens, a Boogie Week também apresentou uma programação intensa ao longo dos dias, com batalhas de breakdance, grafite ao vivo e shows que celebraram a pluralidade e a força do Hip Hop. A presença de jovens artistas e coletivos reafirmou o impacto contínuo do movimento na formação de uma nova geração de vozes que buscam transformação social através da arte.
O Prêmio Grio, que homenageia figuras marcantes da cultura afro-brasileira, reforça a importância de celebrar nomes que abrem caminhos e constroem pontes entre o passado e o futuro. Tanto Leci Brandão quanto Nelson Triunfo representam o legado de resistência e criação que é a essência do Hip Hop e da cultura negra no Brasil.
Com um evento que uniu gerações e exaltou a importância da representatividade, a Boogie Week consolidou seu papel como um dos maiores festivais culturais do país, provando que o Hip Hop é muito mais do que música ou dança: é um movimento de transformação, identidade e pertencimento.
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