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De La Soul e o Preço de Renegar um Clássico: O Impacto de 3 Feet High and Rising no Hip Hop

Quando se fala sobre os marcos do Hip Hop, o trio De La Soul é um nome que inevitavelmente aparece.

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Quando se fala sobre os marcos do Hip Hop, o trio De La Soul é um nome que inevitavelmente aparece. Seu álbum de estreia, 3 Feet High and Rising (1989), não apenas redefiniu os limites criativos do gênero, como também deu início a um movimento de inovação musical e cultural. No entanto, a decisão de renegar essa obra-prima em seu segundo álbum, De La Soul Is Dead (1991), mudou drasticamente o rumo do grupo e impactou toda a cena musical da época.

A Revolução de 3 Feet High and Rising

Lançado em um período de efervescência criativa, 3 Feet High and Rising foi uma explosão de originalidade. O trio, formado por Kelvin “Posdnuos” Mercer, David “Trugoy the Dove” Jolicoeur e Vincent “Maseo” Mason, usou amostras inusitadas de artistas como Steely Dan e Hall & Oates, combinadas com letras repletas de humor e referências culturais. Produzido por Prince Paul, o álbum se destacou por sua abordagem experimental e se tornou um marco para o gênero, sendo aclamado como uma das maiores inovações do Hip Hop na época.

Mais do que um álbum, 3 Feet High and Rising lançou as bases do coletivo Native Tongues, que incluía nomes como A Tribe Called Quest, Queen Latifah e Jungle Brothers. A faixa “Buddy” simbolizou essa união, celebrando a colaboração e a diversidade dentro do movimento.

A Virada em De La Soul Is Dead

Dois anos depois, o grupo surpreendeu ao renegar seu álbum de estreia. Com De La Soul Is Dead, o trio abandonou a estética alegre e experimental do primeiro trabalho, adotando um tom mais sombrio e crítico. O álbum começa com um esquete em que uma criança encontra uma cópia de 3 Feet High and Rising no lixo, simbolizando a ruptura com o passado.

Embora alguns fãs e críticos defendam o segundo álbum como uma resposta legítima às pressões da indústria musical e aos estereótipos que cercavam o grupo, a recepção geral foi mista. O trabalho foi visto como uma tentativa de De La Soul de se distanciar do rótulo de “rappers psicodélicos” e de desafiar o crescente domínio do gangsta rap, liderado por nomes como N.W.A. e Dr. Dre.

“De La Soul buscava uma longevidade artística, mas acabou sacrificando sua conexão imediata com os fãs e com o movimento que ajudou a criar”, argumenta o crítico Marcus J. Moore em seu livro High and Rising.

O Legado Perdido

A decisão de renegar 3 Feet High and Rising não apenas fragmentou o Native Tongues, como também representou uma oportunidade perdida para o Hip Hop. Enquanto artistas como A Tribe Called Quest lançavam álbuns icônicos, como Midnight Marauders (1993), e Queen Latifah migrava para o sucesso mainstream, De La Soul parecia cada vez mais isolado.

Mesmo com tentativas posteriores de reconectar com suas raízes, como em Buhloone Mindstate (1993) e Stakes Is High (1996), o trio nunca recuperou totalmente a relevância cultural que tinha com o álbum de estreia.

O Impacto na Era Digital

Outro golpe no legado de 3 Feet High and Rising veio com os problemas legais relacionados às amostras musicais, que impediram o álbum de estar disponível em plataformas de streaming por décadas. Apenas em 2023, o grupo conseguiu disponibilizar sua discografia, permitindo que novas gerações redescobrissem a genialidade de sua obra inaugural.

Hoje, 3 Feet High and Rising é o álbum mais transmitido de De La Soul, reafirmando sua importância histórica. No entanto, sua história é um lembrete de como decisões artísticas podem moldar — e às vezes limitar — o impacto de um movimento.

O Custo de Um Caminho Não Trilhado

A trajetória de De La Soul serve como um estudo de caso para artistas que enfrentam as pressões de equilibrar inovação, autenticidade e apelo comercial. 3 Feet High and Rising permanece como um monumento à criatividade e à colaboração no Hip Hop, mas também como um exemplo de como um movimento revolucionário pode ser interrompido por forças internas e externas.

O Hip Hop continua evoluindo, mas a lição de De La Soul é clara: para avançar, é essencial honrar o que veio antes.

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Run-DMC é Tema de Documentário “Kings From Queens: The Run-DMC Story”

O legado do grupo icônico Run-DMC ganha destaque no documentário “Kings From Queens: The Run-DMC Story”.

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O legado do grupo icônico Run-DMC ganha destaque no documentário “Kings From Queens: The Run-DMC Story”, lançado como parte da série “Watch Me” do Prime Video. O projeto retrata a trajetória de um dos pilares do hip hop global, mostrando como Joseph “Run” Simmons, Darryl “DMC” McDaniels e Jason “Jam Master Jay” Mizell revolucionaram a cultura musical.

O documentário mergulha nas origens do grupo em Queens, Nova York, explorando como suas rimas e batidas abriram portas para o rap alcançar o mainstream. Com relatos diretos e imagens de arquivo, a produção também aborda os desafios enfrentados pelos integrantes em uma época de transformações sociais e culturais nos Estados Unidos.

Além de revisitar momentos marcantes da carreira, como o sucesso de “Walk This Way” em parceria com o Aerosmith, o filme contextualiza a influência do Run-DMC no fortalecimento do streetwear como parte do movimento hip hop, desde a popularização do uso de tênis Adidas até seu impacto na moda urbana.

Outro ponto relevante é o reconhecimento do grupo como pioneiro em conquistas para o gênero, incluindo o título de primeiro grupo de rap a ganhar disco de platina e a indicação ao Hall da Fama do Rock and Roll. Essas conquistas são apresentadas como parte de uma narrativa que vai além da música, ressaltando o papel do Run-DMC na amplificação de vozes da periferia e na consolidação do rap como uma força global.

“Kings From Queens” também homenageia a memória de Jam Master Jay, cuja morte trágica em 2002 deixou uma marca profunda no grupo e na cena do hip hop. O documentário não apenas celebra sua contribuição musical, mas também destaca sua influência na formação de novos artistas.

Para os fãs e estudiosos da cultura hip hop, o documentário é uma oportunidade única de revisitar a história de um dos grupos mais importantes do gênero e compreender sua relevância contínua na música e na cultura global.

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‘Don’t Cry’: Clipe Inédito de Lil Wayne e XXXTENTACION

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A poderosa colaboração entre Lil Wayne e o saudoso XXXTENTACION na música “Don’t Cry” continua a conquistar o público ao redor do mundo, especialmente com o lançamento do videoclipe oficial. Parte do álbum Tha Carter V de Lil Wayne, o single é uma homenagem tocante que une letras sensíveis a uma performance marcante de XXXTENTACION, destacando a profundidade de suas vozes e mensagens.

Agora disponível em todas as principais plataformas de streaming, como Spotify, Apple Music e Deezer, “Don’t Cry” alcança milhões de fãs que buscam se conectar com essa obra profundamente emocional. O videoclipe, com direção visual impactante, transforma a intensidade da música em imagens poderosas, explorando temas como perda, memória e resiliência.

A presença de XXXTENTACION na música, mesmo após sua partida, reafirma a conexão profunda que ele mantinha com sua audiência. Enquanto isso, Lil Wayne entrega uma performance visceral, solidificando ainda mais sua posição como um dos maiores nomes do rap.

“Don’t Cry” não é apenas uma música, mas uma experiência que celebra o legado de dois artistas de gerações distintas, unidos por uma mensagem universal. A faixa promete se tornar um clássico, não apenas nas paradas, mas também no coração dos fãs que reconhecem o poder da música em contar histórias que tocam a alma.

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MV Bill lança clipe “Volta Por Cima”, celebrando a resistência e a força do morador da periferia

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O novo videoclipe de MV Bill, “Volta Por Cima“, representa uma celebração da resiliência e da luta cotidiana dos moradores das periferias brasileiras. O que mais chama atenção é a sua visão sensível e combativa dos problemas que afligem nossas comunidades, quase nos incitando à vitória e à irmandade. Nessa música, MV Bill convocou um time de peso! Com participação especial da banda Jota Quest e da cantora Kmila CDD, e produção que leva a assinatura de DJ Caique, a força da música é complementada pela direção do videoclipe por Alexandre de Maio.

No cenário nacional, MV Bill é um dos maiores nomes: construiu sua carreira com letras que refletem a vida nas periferias, trazendo à tona figuras normalmente invisibilizadas e construindo pontes entre diferentes realidades. O rapper carioca tem sido um símbolo de luta social desde a década de 1990, quando lançou hinos como “Soldado do Morro” e “Cidadão Comum“. Em “Na Visão do Morador“, ele reafirma esse compromisso na primeira pessoa do plural, valorizando a dignidade e a esperança de quem vive em meio a tanta adversidade.

Volta Por Cima” é, acima de tudo, um convite à reflexão e ao recomeço.

A letra aborda a superação das adversidades com força e sem perder o foco nos objetivos maiores, mesmo diante de tentativas de opressão, o que está muito evidente. A colaboração com Jota Quest adiciona uma camada musical ao rap e ao pop rock, ampliando o alcance da mensagem para um público ainda maior. Enquanto isso, Kmila CDD, com sua voz marcante, traz a emoção necessária para completar a mensagem de força e resiliência.

Assista aqui:

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