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Música

Racionais MC’s e a Nova Era do Rap no Digital: Último Show do Ano, Um Show para Entrar na História

O encerramento da Boogie Week 2024 foi marcado por um momento histórico para a cultura Hip Hop no Brasil.

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Na noite em que o tempo pareceu parar, o Racionais MC’s, o maior grupo de rap do Brasil, gravou seu nome não apenas nos anais da música, mas também no futuro do digital. Em um feito inédito, o grupo celebrou 30 anos de trajetória com um show transmitido ao vivo pelo YouTube, marcando um divisor de águas na forma como o rap se conecta com suas comunidades. Foi o encerramento da Boogie Week, mas também o começo de uma nova era para o gênero no país.

“Eu acho importante estar conectado com o Podpah porque eu realmente eu acredito que é o público que eles se direcionam. É o que eu faço. Que é o que ouve o meu som também,
público jovem de periferia, de opinião, de critério. Né? E para mim tem tudo a ver, fala a mesma língua!” Mano Brown

Antes do show histórico transmitido pelo Podpah, os integrantes do Racionais MC’s demonstraram uma mistura de euforia, reflexão e com muita energia e agradecimentos ao público, os membros do Racionais se mostraram entusiasmados com a repercussão do show. Eles reforçaram a ideia de que o rap é uma ferramenta de transformação, resistência e expressão.

As próprias músicas do Racionais foram a inspiração, pra gente selecionar, fazer a seleção e fazer as passagens também de uma música pra outra, né? Kl Jay

Esse momento foi mais do que apenas um show; foi uma celebração da trajetória de sucesso do grupo e da evolução do rap brasileiro, unindo passado e futuro de maneira irreversível.

A gente sempre tem uma sacada de fazer sempre um teatro. Sempre trazer
alguma coisa teatral. Pôr em alguns shows! Ice Blue

Do primeiro verso até os últimos acordes, a apresentação foi carregada de energia, emoção e uma sensação de pertencimento coletivo. Pela primeira vez, milhões de fãs puderam sentir o impacto de um espetáculo dessa magnitude sem as barreiras físicas de uma catraca e um ingresso. A batida ecoou pelas telas, e o público vibrou ao redor do globo, provando que o rap não só se adaptou ao digital, mas está pavimentando um caminho de inovação e representatividade.

A verdade! Sempre. Mesmo que não seja mais agradável. Mesmo que não seja da Utopia feliz. A
verdade sempre! Mano Brown

O show foi um mergulho profundo na história e identidade do Racionais. Os versos, carregados de crítica social e narrativas das periferias, foram entregues com a maestria que só trinta anos de estrada podem proporcionar. Entre a vibração de clássicos como Vida Loka e novos elementos que dialogam com o momento atual, cada performance reafirmou a relevância atemporal do grupo. Mas mais do que um espetáculo, este evento foi um manifesto. Era sobre mais do que música – era sobre legado, resistência e celebração.

“A gente vem de um resumo né um resumo de carreira um resumo um final de ciclo e começando um novo ciclo, então, eu acho esse show, isso é tipo mais um mais uma ponte, mais um divisor de águas, digamos assim, encerrando um ciclo, uma década e começando uma outra década, tá ligado, esse é um um pré anúncio do próximo trampo nosso, no próximo trabalho, tá ligado, e o show, o sold out, ele fala por si só né.” Edi Rock

A escolha do YouTube como palco foi simbólica e estratégica. Em um momento em que o consumo de cultura é cada vez mais digital, o Racionais MC’s demonstrou que está à frente, conectando-se a novas gerações sem perder a essência que os consagrou. Era o rap reafirmando sua força enquanto movimento cultural, político e artístico, agora potencializado pela democratização que a tecnologia proporciona.

O show também encerrou a Boogie Week, que por si só já é um marco. Esse encerramento foi uma síntese de tudo o que o rap representa: transformação, união e a capacidade de ecoar a voz dos que muitas vezes são silenciados. Foi a apoteose de um evento que celebra o passado e o futuro do movimento.

Quando o último verso foi cantado e as luzes se apagaram, uma coisa ficou clara: o rap brasileiro não é mais o mesmo. A transmissão ao vivo deste show icônico não apenas quebrou paradigmas, mas também abriu portas para que outros artistas sigam essa trilha digital. A conexão foi tão profunda que deixou no ar a certeza de que este foi mais do que um evento. Foi um marco. Um antes e depois para o rap, para o digital e para todos que acreditam na força transformadora da arte.

Se havia alguma dúvida sobre a capacidade do Racionais MC’s de continuar moldando o cenário cultural do Brasil, ela foi esmagada naquela noite histórica. O rap não apenas dominou o palco, mas também as telas, provando que a mensagem é poderosa o suficiente para atravessar qualquer barreira. Este show será lembrado como o momento em que o digital e o rap se encontraram para criar algo verdadeiramente revolucionário. E nós tivemos a sorte de assistir a tudo.

A escolha do canal Podpah para a transmissão ao vivo do show dos Racionais MC’s não foi mera coincidência, mas uma estratégia inteligente e simbólica. O Podpah, uma das plataformas de maior crescimento e relevância dentro do cenário digital, representa a nova era do entretenimento no Brasil, onde conversa e música se fundem com autenticidade e a linguagem do jovem contemporâneo. O podcast se tornou um verdadeiro fenômeno, especialmente entre os fãs do rap e das periferias, criando uma conexão direta com a galera que mais consome conteúdo digital.

Ao escolher o Podpah como palco para esse evento histórico, os Racionais MC’s se alinhavam com uma plataforma que compartilha da mesma visão de empoderamento e representatividade que os tornaram ícones da cena nacional. O Podpah não só conquistou um público fiel por seu formato inovador, como também tem sido um espaço para grandes nomes do rap e da cultura urbana. Esse casamento entre um grupo lendário e a maior potência de mídia jovem do Brasil só reforça a mensagem de que o rap, além de resistência, é capaz de se reinventar, dialogar com as novas plataformas e alcançar um público cada vez mais diversificado.

Mais do que uma escolha técnica, a parceria entre os Racionais e o Podpah foi uma maneira de consolidar a transição do rap para o digital e mostrar como o gênero continua a moldar a cultura pop de forma disruptiva. Esse movimento fortalece a ideia de que, no Brasil, a música não tem limites – e as plataformas digitais são as novas frentes para as revoluções culturais que ainda estão por vir.

Veja aqui como foi esse show épico!

Eventos

Kendrick Lamar e SZA Anunciam Turnê Conjunta “Grand National Tour” para 2025

Os fãs de Kendrick Lamar e SZA já podem começar a se preparar para um dos eventos mais aguardados do ano.

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Os fãs de Kendrick Lamar e SZA já podem começar a se preparar para um dos eventos mais aguardados do ano. Os dois gigantes da música anunciaram oficialmente a “Grand National Tour”, uma turnê conjunta que promete incendiar os palcos em 2025. A notícia foi recebida com grande entusiasmo pelo público, marcando a primeira vez que os artistas, ambos da icônica gravadora Top Dawg Entertainment (TDE), compartilham uma turnê de grande escala.

A turnê terá início em março de 2025, com um total de 30 shows confirmados, passando por várias cidades da América do Norte, Europa e outras regiões ainda a serem anunciadas. Kendrick Lamar, um dos rappers mais aclamados do momento, e SZA, ícone do R&B contemporâneo, trarão performances que misturam sucessos consagrados com novos projetos, criando uma experiência única para os fãs.

Além de celebrar suas carreiras, a “Grand National Tour” também reflete o impacto cultural e artístico dos dois artistas. Kendrick Lamar, conhecido por álbuns como “DAMN.” e “To Pimp a Butterfly”, continua a impressionar com sua habilidade de contar histórias por meio do rap, enquanto SZA, que dominou as paradas com o álbum “SOS”, redefine o R&B com sua sonoridade inovadora e letras profundas.

O anúncio também vem com a promessa de colaborações inéditas no palco, algo que já deixou os fãs especulando sobre possíveis surpresas durante os shows. Ambos os artistas já provaram sua química musical em colaborações anteriores, como na faixa “All the Stars”, que foi indicada ao Oscar como parte da trilha sonora do filme Pantera Negra.

A “Grand National Tour” é mais do que um evento musical; é um momento de celebração para a comunidade do Hip Hop e do R&B. Com produções grandiosas, visuais impactantes e performances emocionantes, Kendrick Lamar e SZA estão prontos para criar um espetáculo que ficará marcado na história da música.

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Música

Quebrada Queer: O Primeiro Grupo LGBTQIAPN+ do Rap Nacional

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No cenário musical brasileiro, a representatividade tem ganhado cada vez mais espaço, com artistas de diversas origens e identidades se destacando em gêneros antes considerados conservadores.

O Quebrada Queer desponta como um marco dessa transformação, sendo o primeiro grupo de rap formado exclusivamente por artistas LGBTQIAPN+ no Brasil. Com coragem, talento e uma mensagem de resistência, o coletivo não só ocupa espaço no hip-hop, mas redefine os paradigmas do gênero.

A Revolução Quebrada

Formado por Murilo Zyess, Tchelo Gomez, Guigo, Apuke, Harlley e Lucas Boombeat, o Quebrada Queer surgiu em 2018, no coração de uma cena musical que ainda engatinhava no que diz respeito à inclusão de artistas LGBTQIAPN+. Embora nomes como Rico Dalasam e Jeza da Pedra já tivessem aberto caminhos, o rap brasileiro ainda carecia de um grupo coletivo que unisse vozes dessa comunidade. Foi nesse contexto que o Quebrada Queer lançou sua primeira música, intitulada “Quebrada Queer”, marcando presença no canal Rap Box.

A faixa rapidamente conquistou o público, tornando-se viral e consolidando o grupo como uma força emergente no hip-hop. Mais do que um hit, a música representava um manifesto — uma declaração de existência e resistência. O grupo não apenas apresentava rimas afiadas e poéticas, mas também desafiava os padrões tradicionais do gênero, promovendo uma estética e uma mensagem inclusivas.

Por que o Quebrada Queer é Necessário?

O surgimento do Quebrada Queer não é apenas um marco na música; é uma resposta a um contexto social e cultural que por muito tempo silenciou vozes LGBTQIAPN+. O hip-hop, conhecido por suas raízes na denúncia social e na busca por justiça, ainda carregava um estigma de exclusão em relação à diversidade sexual e de gênero. Grupos como o Quebrada Queer provam que o rap pode — e deve — ser um espaço para todas as identidades.

Ao se estabelecerem como o primeiro grupo de rap LGBTQIAPN+ do Brasil, os integrantes do Quebrada Queer assumiram a responsabilidade de representar uma comunidade que muitas vezes encontra barreiras para se expressar. “A música é poesia, e a poesia não tem fronteiras”, afirma Guigo, um dos integrantes. Essa visão se reflete nas letras do grupo, que abordam temas como aceitação, resistência e a luta por espaços de visibilidade.

Diversidade como Força Criativa

Uma das características mais marcantes do Quebrada Queer é a diversidade de seus integrantes. Cada um deles traz influências únicas para o grupo, que vão desde o R&B e o pop até o rap clássico e o dancehall. Essa riqueza de estilos resultou em um som inovador, que quebra os limites do rap tradicional e dialoga com uma ampla gama de públicos.

O primeiro EP do grupo, é um reflexo dessa pluralidade. Com faixas que misturam ritmos e narrativas, o álbum destaca a força criativa do coletivo. “A gente faz rap, mas não nos limitamos a um único rótulo”, explica Guigo. Essa liberdade criativa permitiu ao Quebrada Queer construir um trabalho autêntico, que dialoga tanto com fãs do gênero quanto com quem busca novas formas de expressão artística.

Visibilidade e Desafios

Com o sucesso, o Quebrada Queer ganhou visibilidade rapidamente. O grupo não apenas conquistou uma base de fãs fiel, mas também chamou a atenção de grandes nomes da música brasileira, como Criolo, com quem dividiram o palco no Circo Voador, um dos espaços mais emblemáticos da cultura musical no Brasil. Esses momentos de reconhecimento reafirmaram a importância de ocupar espaços e abrir caminhos para outros artistas LGBTQIAPN+.

No entanto, o sucesso também trouxe desafios. Como figuras públicas, os integrantes do grupo enfrentaram preconceito e até ameaças de morte, refletindo a realidade vivida por muitas pessoas LGBTQIAPN+ no país. Apesar disso, o grupo se manteve firme em sua missão. “Sabíamos que estávamos fazendo algo importante, não só por nós, mas por todos aqueles que precisam de representatividade”, diz Guigo.

A Importância da Representatividade

O Quebrada Queer vai além da música. Eles são um símbolo de resistência e esperança para muitas pessoas, especialmente jovens LGBTQIAPN+ que buscam referências em uma sociedade que ainda luta contra preconceitos. Suas letras carregam mensagens de empoderamento e inclusão, criando um espaço onde todos podem se sentir representados.

Para o grupo, a visibilidade conquistada é apenas o começo. Eles acreditam que a verdadeira transformação ocorre quando artistas LGBTQIAPN+ são incluídos em line-ups de grandes festivais e eventos mainstream, e não apenas em espaços voltados para militância ou celebrações específicas da comunidade. “Precisamos de mais oportunidades. A representatividade não deve ser limitada a nichos; ela deve ser parte integral da cena”, reforça Guigo.

Um Movimento Coletivo

O Quebrada Queer é mais do que um grupo de rap. Eles são a manifestação de um movimento maior, que busca igualdade, respeito e visibilidade para todas as identidades. Ao se unirem como coletivo, eles mostram que a força da união pode superar desafios e abrir novos horizontes.

Além disso, o grupo também inspira outros artistas LGBTQIAPN+ a ocuparem espaços e explorarem sua arte de forma autêntica. Eles são a prova de que é possível criar música de qualidade enquanto se luta por uma causa maior. Sua trajetória é um lembrete de que a música é uma das ferramentas mais poderosas de transformação social.

O impacto do Quebrada Queer no cenário musical brasileiro é inegável. Eles abriram portas, desafiaram preconceitos e criaram um novo modelo de representatividade no rap. O grupo continua a trabalhar em novos projetos, mantendo o foco em sua missão de amplificar vozes LGBTQIAPN+ e fortalecer a cena musical.

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Música

Prêmio Multishow 2024 – Música urbana em destaque

A noite do Prêmio Multishow 2024 foi marcada por apresentações emocionantes, surpresas e um reconhecimento poderoso aos talentos que movimentaram a música brasileira ao longo do ano.

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A noite do Prêmio Multishow 2024 foi marcada por apresentações emocionantes, surpresas e um reconhecimento poderoso aos talentos que movimentaram a música brasileira ao longo do ano. Realizado no Rio de Janeiro, o evento reuniu artistas de diversos gêneros e reafirmou a força da cultura musical no país, com destaque para nomes que representam a diversidade e a inovação na indústria.

Entre os grandes vencedores da noite, Liniker brilhou ao conquistar o prêmio de Cantora do Ano, consolidando seu espaço como uma das vozes mais impactantes da música nacional. Anitta, por sua vez, levou para casa o troféu de Clipe do Ano com o hit “Funk Rave”, uma produção que reafirma sua versatilidade e o alcance internacional de sua carreira.

Outro momento emocionante foi a homenagem prestada a MC Hariel, que recebeu o troféu de Melhor Cantor. O artista, um dos nomes mais importantes do funk e da música periférica, dedicou o prêmio aos fãs e às comunidades que ele representa. Sua performance no palco foi um dos destaques da noite, arrancando aplausos calorosos do público e reforçando a relevância de sua trajetória.

O evento também reconheceu a música independente e os novos talentos, com categorias que celebraram a criatividade e a inovação no cenário brasileiro. Artistas emergentes, como Marina Sena e Jão, foram ovacionados, mostrando que a nova geração está conquistando cada vez mais espaço e relevância.

Com apresentações que variaram de performances intimistas a shows cheios de energia, o Prêmio Multishow 2024 conseguiu capturar a essência da música brasileira, que continua a se reinventar e a tocar corações em diferentes formatos e linguagens. A premiação também reafirmou a importância de se valorizar as raízes e a diversidade cultural, com discursos e homenagens que destacaram a representatividade em todas as suas formas.

O encerramento da noite ficou por conta de um show coletivo que reuniu vários artistas vencedores, em um momento de celebração e união. O Prêmio Multishow 2024 não apenas premiou os melhores do ano, mas também consolidou seu papel como uma plataforma de visibilidade para a música brasileira em todas as suas vertentes.

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