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Música

Quebrada Queer: O Primeiro Grupo LGBTQIAPN+ do Rap Nacional

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No cenário musical brasileiro, a representatividade tem ganhado cada vez mais espaço, com artistas de diversas origens e identidades se destacando em gêneros antes considerados conservadores.

O Quebrada Queer desponta como um marco dessa transformação, sendo o primeiro grupo de rap formado exclusivamente por artistas LGBTQIAPN+ no Brasil. Com coragem, talento e uma mensagem de resistência, o coletivo não só ocupa espaço no hip-hop, mas redefine os paradigmas do gênero.

A Revolução Quebrada

Formado por Murilo Zyess, Tchelo Gomez, Guigo, Apuke, Harlley e Lucas Boombeat, o Quebrada Queer surgiu em 2018, no coração de uma cena musical que ainda engatinhava no que diz respeito à inclusão de artistas LGBTQIAPN+. Embora nomes como Rico Dalasam e Jeza da Pedra já tivessem aberto caminhos, o rap brasileiro ainda carecia de um grupo coletivo que unisse vozes dessa comunidade. Foi nesse contexto que o Quebrada Queer lançou sua primeira música, intitulada “Quebrada Queer”, marcando presença no canal Rap Box.

A faixa rapidamente conquistou o público, tornando-se viral e consolidando o grupo como uma força emergente no hip-hop. Mais do que um hit, a música representava um manifesto — uma declaração de existência e resistência. O grupo não apenas apresentava rimas afiadas e poéticas, mas também desafiava os padrões tradicionais do gênero, promovendo uma estética e uma mensagem inclusivas.

Por que o Quebrada Queer é Necessário?

O surgimento do Quebrada Queer não é apenas um marco na música; é uma resposta a um contexto social e cultural que por muito tempo silenciou vozes LGBTQIAPN+. O hip-hop, conhecido por suas raízes na denúncia social e na busca por justiça, ainda carregava um estigma de exclusão em relação à diversidade sexual e de gênero. Grupos como o Quebrada Queer provam que o rap pode — e deve — ser um espaço para todas as identidades.

Ao se estabelecerem como o primeiro grupo de rap LGBTQIAPN+ do Brasil, os integrantes do Quebrada Queer assumiram a responsabilidade de representar uma comunidade que muitas vezes encontra barreiras para se expressar. “A música é poesia, e a poesia não tem fronteiras”, afirma Guigo, um dos integrantes. Essa visão se reflete nas letras do grupo, que abordam temas como aceitação, resistência e a luta por espaços de visibilidade.

Diversidade como Força Criativa

Uma das características mais marcantes do Quebrada Queer é a diversidade de seus integrantes. Cada um deles traz influências únicas para o grupo, que vão desde o R&B e o pop até o rap clássico e o dancehall. Essa riqueza de estilos resultou em um som inovador, que quebra os limites do rap tradicional e dialoga com uma ampla gama de públicos.

O primeiro EP do grupo, é um reflexo dessa pluralidade. Com faixas que misturam ritmos e narrativas, o álbum destaca a força criativa do coletivo. “A gente faz rap, mas não nos limitamos a um único rótulo”, explica Guigo. Essa liberdade criativa permitiu ao Quebrada Queer construir um trabalho autêntico, que dialoga tanto com fãs do gênero quanto com quem busca novas formas de expressão artística.

Visibilidade e Desafios

Com o sucesso, o Quebrada Queer ganhou visibilidade rapidamente. O grupo não apenas conquistou uma base de fãs fiel, mas também chamou a atenção de grandes nomes da música brasileira, como Criolo, com quem dividiram o palco no Circo Voador, um dos espaços mais emblemáticos da cultura musical no Brasil. Esses momentos de reconhecimento reafirmaram a importância de ocupar espaços e abrir caminhos para outros artistas LGBTQIAPN+.

No entanto, o sucesso também trouxe desafios. Como figuras públicas, os integrantes do grupo enfrentaram preconceito e até ameaças de morte, refletindo a realidade vivida por muitas pessoas LGBTQIAPN+ no país. Apesar disso, o grupo se manteve firme em sua missão. “Sabíamos que estávamos fazendo algo importante, não só por nós, mas por todos aqueles que precisam de representatividade”, diz Guigo.

A Importância da Representatividade

O Quebrada Queer vai além da música. Eles são um símbolo de resistência e esperança para muitas pessoas, especialmente jovens LGBTQIAPN+ que buscam referências em uma sociedade que ainda luta contra preconceitos. Suas letras carregam mensagens de empoderamento e inclusão, criando um espaço onde todos podem se sentir representados.

Para o grupo, a visibilidade conquistada é apenas o começo. Eles acreditam que a verdadeira transformação ocorre quando artistas LGBTQIAPN+ são incluídos em line-ups de grandes festivais e eventos mainstream, e não apenas em espaços voltados para militância ou celebrações específicas da comunidade. “Precisamos de mais oportunidades. A representatividade não deve ser limitada a nichos; ela deve ser parte integral da cena”, reforça Guigo.

Um Movimento Coletivo

O Quebrada Queer é mais do que um grupo de rap. Eles são a manifestação de um movimento maior, que busca igualdade, respeito e visibilidade para todas as identidades. Ao se unirem como coletivo, eles mostram que a força da união pode superar desafios e abrir novos horizontes.

Além disso, o grupo também inspira outros artistas LGBTQIAPN+ a ocuparem espaços e explorarem sua arte de forma autêntica. Eles são a prova de que é possível criar música de qualidade enquanto se luta por uma causa maior. Sua trajetória é um lembrete de que a música é uma das ferramentas mais poderosas de transformação social.

O impacto do Quebrada Queer no cenário musical brasileiro é inegável. Eles abriram portas, desafiaram preconceitos e criaram um novo modelo de representatividade no rap. O grupo continua a trabalhar em novos projetos, mantendo o foco em sua missão de amplificar vozes LGBTQIAPN+ e fortalecer a cena musical.

Música

Enzo Cello e Kweller: plágio de “202” faz sucesso no TikTok e revolta público

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Enzo Cello e Kweller

Enzo Cello e Kweller são nomes que nos últimos anos estiveram presente com força nas redes sociais com o sucesso de “202”.

O trabalho é de 2022, mas não dá para negar que a obra é atemporal. No entanto, não é sobre elogios este artigo, e sim, de um caso de plágio feito em cima dessa faixa.

E foi um plágio no nível de copiar o refrão da música (apenas traduzindo para o inglês), e registrar no Spotify com o mesmo nome “202“.


Enzo Cello denuncia plágio em suas redes sociais

Na última sexta-feira (10), Enzo Cello gravou um reels onde deixou escrito na tela: “POV: um gringo roubou sua música e tá viralizando com ela em outra língua”.

Ao fundo está tocando a música pelo artista que chegou a registrar a faixa sem dar os devidos créditos no Spotify.

No reels, diferentes nomes do rap nacional mostraram incredulidade frente a esta atitude. Entre os artistas estão: Ecologyk, Pedro Lotto, Mãolee no Beat e outros, além dos fãs que mostraram indignação com a atitude.

Na manhã deste domingo (12), Cello havia se pronunciado através dos stories, alegando que agora o gringo estava anunciando a música como um cover.


Base de fãs forte? Artista internacional recua

Após a movimentação na internet, sem dúvida, foram cobrar o tal artista que plagiou “202”.

Aliás, JewboyJacob chegou a postar stories fazendo menção a Kweller e Cello como compositores após um questionamento no Instagram (print 2).

Prints de Enzo Cello e JewboyJacob
Imagem: Reprodução/Instagram

Em outra ocasião, chegaram a questionar como ele se sentia após roubar a música e não pagar por isso. Contudo, ele respondeu que já estava esclarecendo tudo com Kweller e mostra uma conversa de ambos (print 3).

Neste mesmo print, ele ainda pediu para as pessoas pararem de cobrar ele por conta desse assunto, alegando que não era sua intenção, em momento algum, roubar a obra de outro artista.

Além disso, durante sua fala no Instagram, Cello revelou que este contato pelo story foi o único que ambos tiveram até então.


Resposta à altura? Kwellar e Cello agradecem à inspiração

Depois que o Cello veio ao Instagram, Kweller ainda não tinha se pronunciado acerca dessa situação.

No entanto, nesse domingo a dupla que compôs “202” postou um reels, dizendo: “(E aí, gringão)… Aí, obrigado pela inspiração, hein.. é nós!”

Na legenda, os artistas escreveram “boa noite two zero two”, e apareceram escutando uma versão que eles gravaram da música em inglês.

Assim, eles devem fazer o registro da faixa também em língua inglesa para evitar que problemas como este ocorram, e possam receber os royalties de qualquer reprodução.

Este episódio não é tão comum, mas deve ficar de exemplo para outros artista, principalmente do trap brasileiro. Isso reforça a importância de registrar corretamente suas obras, e correr atrás dos seus direitos, sobretudo, artísticos.

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Música

Doechii Conquista Três Indicações ao Grammy 2025 e Fortalece Sua Trajetória no Hip Hop

Doechii, nome artístico de Jaylah Ji’mya Hickmon, alcançou um marco significativo em sua carreira ao ser indicada a três categorias no Grammy Awards 2025.

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Doechii, nome artístico de Jaylah Ji’mya Hickmon, alcançou um marco significativo em sua carreira ao ser indicada a três categorias no Grammy Awards 2025. A jovem artista, que rapidamente se destacou como uma das vozes mais promissoras da música contemporânea, foi reconhecida nas categorias de Melhor Artista Revelação, Melhor Performance de Rap com a faixa “Nissan Altima” e Melhor Álbum de Rap por Alligator Bites Never Heal.

O anúncio das indicações solidifica o impacto cultural e artístico de Doechii, que vem conquistando espaço na indústria desde que sua música “Yucky Blucky Fruitcake” viralizou no TikTok em 2021. O sucesso da faixa abriu portas para uma audiência global, destacando a habilidade única da rapper em misturar letras introspectivas com uma entrega dinâmica.

Em 2022, Doechii assinou contrato com a renomada gravadora Top Dawg Entertainment, que também gerencia artistas como Kendrick Lamar e SZA. Naquele ano, lançou o EP She/Her/Black Bitch, um projeto que recebeu elogios por abordar temas de identidade, empoderamento e autenticidade. Desde então, Doechii tem sido celebrada como uma artista inovadora, capaz de desafiar convenções musicais enquanto constrói narrativas profundas.

As indicações ao Grammy marcam um momento importante para Doechii e para o hip hop em geral, destacando a relevância de vozes emergentes no gênero. A cerimônia de premiação está programada para acontecer em 2 de fevereiro de 2025, no Crypto.com Arena, em Los Angeles. Com artistas consagrados e novos talentos dividindo os holofotes, a presença de Doechii reflete a evolução e diversidade do hip hop nos últimos anos.

Além de sua música, a artista tem se tornado uma figura influente na cultura pop, abordando questões sociais e culturais em entrevistas e performances. Seu estilo único e visão artística a posicionam como uma força criativa que promete redefinir o futuro do gênero.

Enquanto a contagem regressiva para o Grammy continua, fãs e críticos aguardam ansiosamente para ver como Doechii se sairá na noite de premiação. Independentemente do resultado, suas indicações já são um reconhecimento de sua contribuição significativa para a música e um sinal de que o melhor ainda está por vir.

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Sam Moore, Lendário Cantor de Soul, Morre aos 89 Anos

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Sam Moore, renomado cantor de soul e integrante da icônica dupla Sam & Dave, faleceu aos 89 anos em 10 de janeiro de 2025, em Coral Gables, Flórida, devido a complicações após uma cirurgia.

Nascido em 12 de outubro de 1935, em Miami, Moore iniciou sua carreira musical cantando em igrejas, o que influenciou profundamente seu estilo vocal. Em 1961, formou a dupla Sam & Dave com Dave Prater, tornando-se figuras centrais na cena soul dos anos 1960. Assinados com a Stax Records, colaboraram com a banda Booker T. & the MG’s e com os compositores Isaac Hayes e David Porter, resultando em sucessos como “Soul Man” e “Hold On, I’m Comin'”.

“Soul Man”, lançada em 1967, tornou-se um hino significativo, alcançando o topo das paradas de R&B e a segunda posição na Billboard Hot 100. A canção, inspirada pelos tumultos civis da época, refletia as tensões raciais nos Estados Unidos e foi posteriormente popularizada pelo filme “The Blues Brothers”.

Apesar do sucesso profissional, a relação entre Moore e Prater foi marcada por conflitos e desafios pessoais, incluindo batalhas contra o vício em drogas. A dupla se separou em 1970, reunindo-se ocasionalmente até a morte de Prater em 1988. Moore continuou sua carreira solo, colaborando com artistas como Aretha Franklin e Mariah Carey, e lançou o álbum “Overnight Sensational” em 2006.

Além de sua contribuição musical, Moore foi ativo em causas sociais, apoiando iniciativas antidrogas e defendendo os direitos dos artistas. Seu legado perdura como uma influência significativa no soul e no R&B, inspirando músicos de diversas gerações.

Sam Moore deixa sua esposa, Joyce, uma filha e dois netos. Sua morte representa uma perda profunda para a música soul, mas seu impacto e legado continuarão a ressoar por muitos anos.

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