Bolsa Birkin é vendida por R$ 55 milhões; e é uma das mais citadas por rappers

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Moyses

Bolsa Birkin em couro preto
Imagem: REUTERS/Tom Nicholson

A primeira Bolsa Birkin da história foi leiloada por aproximadamente R$ 55 milhões, quebrando recordes na Europa.

O item foi desenvolvido em 1984 especialmente para Jane Birkin, atriz e cantora britânica. Assim, no leilão da Sotheby’s, a peça se tornou um dos itens de luxo mais caros do continente.

Hoje, rappers como Sotam, Yunk Vino, e muitos outros fazem referência a esta marca ao lado de outras mais populares.


Design único e origem simbólica

O modelo do leilão é o protótipo original, feito em couro preto, com detalhes personalizados — como cortador de unhas embutido e as iniciais “J.B.” gravadas.

A ideia surgiu durante um voo, quando Jane Birkin comentou que não encontrava uma bolsa funcional e elegante para o dia a dia.

Bolsa Birkin em couro preto
Imagem: REUTERS/Tom Nicholson

Jean-Louis Dumas, então presidente da Hermès, desenhou o modelo na hora, misturando praticidade e sofisticação.

Nascia assim um ícone da moda que atravessaria décadas — e que, hoje, continua ditando estilo nas ruas e nas rimas.

Do closet de luxo às rimas do rap

Muito além das passarelas, a Bolsa Birkin virou símbolo de status no universo do rap. Referências à peça aparecem em músicas de artistas como Jay-Z, Cardi B, Drake, Nicki Minaj e Megan Thee Stallion.

Além disso, no Brasil, nomes como MC Dricka, Onnika e Orochi também já mencionaram a marca em letras ou entrevistas.

A presença da Birkin no rap não é apenas estética. Ela representa ascensão, poder de compra e pertencimento a um patamar social inalcançável para muitos.

Ter uma Birkin — ou rimar sobre ela — virou sinônimo de vitória ou possibilidade de ostentação ─ que de certo modo, é quase o mesmo.


Exclusividade e mercado limitado

A confecção de uma Birkin leva horas, uma vez que, o processo é todo à mão. Assim, a Hermès mantém a produção em pequena escala, com lista de espera que pode ultrapassar meses — ou até anos.

Alguns modelos custam entre R$ 60 mil e R$ 500 mil, mas esse leilão superou qualquer expectativa.

Luxo, protesto e polêmica

Durante o evento de leilão em Paris, ativistas da PETA protestaram contra o uso de couro animal.

O gesto reacendeu o debate entre o luxo extremo e a sustentabilidade — questão que também tem ganhado espaço na cultura urbana e entre artistas preocupados com causas sociais.

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