A primeira Bolsa Birkin da história foi leiloada por aproximadamente R$ 55 milhões, quebrando recordes na Europa.
O item foi desenvolvido em 1984 especialmente para Jane Birkin, atriz e cantora britânica. Assim, no leilão da Sotheby’s, a peça se tornou um dos itens de luxo mais caros do continente.
Hoje, rappers como Sotam, Yunk Vino, e muitos outros fazem referência a esta marca ao lado de outras mais populares.
Design único e origem simbólica
O modelo do leilão é o protótipo original, feito em couro preto, com detalhes personalizados — como cortador de unhas embutido e as iniciais “J.B.” gravadas.
A ideia surgiu durante um voo, quando Jane Birkin comentou que não encontrava uma bolsa funcional e elegante para o dia a dia.

Jean-Louis Dumas, então presidente da Hermès, desenhou o modelo na hora, misturando praticidade e sofisticação.
Nascia assim um ícone da moda que atravessaria décadas — e que, hoje, continua ditando estilo nas ruas e nas rimas.
Do closet de luxo às rimas do rap
Muito além das passarelas, a Bolsa Birkin virou símbolo de status no universo do rap. Referências à peça aparecem em músicas de artistas como Jay-Z, Cardi B, Drake, Nicki Minaj e Megan Thee Stallion.
Além disso, no Brasil, nomes como MC Dricka, Onnika e Orochi também já mencionaram a marca em letras ou entrevistas.
A presença da Birkin no rap não é apenas estética. Ela representa ascensão, poder de compra e pertencimento a um patamar social inalcançável para muitos.
Ter uma Birkin — ou rimar sobre ela — virou sinônimo de vitória ou possibilidade de ostentação ─ que de certo modo, é quase o mesmo.
Exclusividade e mercado limitado
A confecção de uma Birkin leva horas, uma vez que, o processo é todo à mão. Assim, a Hermès mantém a produção em pequena escala, com lista de espera que pode ultrapassar meses — ou até anos.
Alguns modelos custam entre R$ 60 mil e R$ 500 mil, mas esse leilão superou qualquer expectativa.
Luxo, protesto e polêmica
Durante o evento de leilão em Paris, ativistas da PETA protestaram contra o uso de couro animal.
O gesto reacendeu o debate entre o luxo extremo e a sustentabilidade — questão que também tem ganhado espaço na cultura urbana e entre artistas preocupados com causas sociais.