Brasília, capital federal do Brasil, tem uma cena de rap que se destaca pela inovação e pela diversidade de estilos.
A cidade abriga artistas que mesclam o rap com outros gêneros e investem em letras que exploram temas sociais e existenciais.
Diferente das grandes capitais, o rap brasiliense tem uma pegada mais experimental e alternativa, conquistando espaço tanto no cenário nacional quanto fora dele.
Artistas e coletivos que marcam Brasília
Um dinossauro do rap é um dos nomes à frente da primeira geração do rap em Brasília, e aqui estamos falando de GOG. Mas como o rap não se faz só com MC, citar o nome de DJ Jamaika é importante, sendo também um dos nomes mais expressivo dessa geração dos anos 90.
Em seguida, temos a geração que tem um dos nomes que realmente furou a bolha, e estamos falando de Flora Matos. Na mesma geração, mas com pouca expressividade (não menos importância), encontramos RAPadura.
Então, chegamos em uma das veias do ouro no rap nacional. Seria uma geração precursora do que se eclodiu como ano-lírico em 2018. Para não ficar extenso, é a geração de grupos como Um Barril de Rap e TheGust MC’s.
Desses dois grupos saíram dois nomes que conseguiram mais espaço na cena: Froid e Jean Tassy.
Espaços culturais e a presença de Brasília nas batalhas de rap
Brasília foi palco para uma das batalhas de rima mais importantes do Brasil: a Batalha do Museu. Nomes como Froid e Alves, são respeitados e reconhecidos na cena.
Contudo, o grande destaque aqui tem que ser para o campeão nacional e samurai da lírica em terreno plano: MC SID.
E se não bastasse ser campeão nacional em 2016, ele ganhou em cima de um dos nomes reconhecidos por qualquer MC de batalha brasileiro: César (que aliás, foi campeão nacional em 2017, só isso).
O rap como expressão social em Brasília
Pela responsabilidade lírica que os artistas locais carregar, fica claro que o rap em Brasília vai além do entretenimento.
Assim como em outros espaço que chega, o rap vem como ferramenta de reflexão e crítica, um megafone abordando desigualdade, racismo, política e identidade.
A pluralidade cultural da cidade se reflete na diversidade sonora e nas temáticas abordadas.
No próximo artigo da série, vamos mergulhar em Salvador, uma cidade que une tradição, cultura afro-brasileira e o rap com um tempero único.