Kendrick Lamar, um dos maiores nomes do hip-hop, está confirmado para se apresentar no Super Bowl, um dos eventos esportivos mais assistidos do mundo.
No entanto, um detalhe chama a atenção: ele não receberá um cachê pela performance. Mas por que um artista do seu calibre aceitaria tocar de graça em um evento tão grandioso?
O Super Bowl e suas atrações musicais
O show do intervalo do Super Bowl é um dos momentos mais esperados do evento. Assim, grandes nomes da música já se apresentaram, como Michael Jackson, Madonna e Rihanna.
Apesar do prestígio, a NFL tem um histórico de não pagar diretamente os artistas que sobem ao palco, atitude adotada nos últimos anos.
Por outro lado, a liga cobre todos os custos de produção e proporciona uma exposição global massiva para os artistas.
Esse ano, entretanto, é estimado que os custos da produção para a apresentação de Kendrick tenham ficado em 14 milhões de dólares.
Exposição e aumento de receita
Embora não haja um pagamento direto, a visibilidade gerada pelo Super Bowl é imensurável.
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Artistas que se apresentam no evento costumam ver um aumento expressivo no número de streams, downloads e vendas de ingressos para turnês.
Por exemplo, Jennifer Lopez e Shakira registraram um crescimento de mais de 800% em streams após o show do intervalo em 2020.
Kendrick Lamar e a estratégia por trás da apresentação
Para Kendrick Lamar, sem dúvida, a performance no Super Bowl é uma estratégia de marketing poderosa.
Isso porque ele já possui uma base de fãs consolidada, e o evento permite que sua música alcance um público ainda maior.
Além disso, com novos lançamentos ou turnês em vista, a apresentação pode impulsionar seus projetos futuros.
Maiores sucessos de Kendrick Lamar
Kendrick Lamar construiu uma carreira sólida e influente na música. Entre seus maiores sucessos, destacam-se “HUMBLE.”, “Alright“, “DNA.”, “King Kunta” e “Swimming Pools (Drank)”.
Seu álbum “DAMN.” venceu o Prêmio Pulitzer de Música, tornando-o o primeiro artista de hip-hop a receber tal honraria.
Com letras que abordam questões sociais, políticas e raciais, ele se tornou um dos rappers mais respeitados da atualidade.
A recente polêmica com Drake
Nos últimos meses, Kendrick Lamar e Drake protagonizaram uma troca de farpas no cenário do hip-hop. O embate entre os dois rappers gerou grande repercussão nas redes sociais e entre os fãs do gênero.
Poucos, no entanto, não imaginariam que a troca de diss ganharia repercussão no rap global, levando a um hit vencedor de 5 categorias das 7 indicações no Grammy.
As disputas entre artistas são comuns no rap e muitas vezes servem para impulsionar a popularidade, e dessa vez as trocas nos estúdios deram uma grande movimentada na carreira de ambos os rappers.
Vale a pena se apresentar sem cachê?
Por fim, na cabeça de muitos fãs ainda se passa essa questão. Mas apesar de não receber um pagamento direto, os benefícios indiretos podem superar qualquer cachê tradicional.
Antes de tudo, ele recebe o que se chama “mínimo sindical”, que na última apresentação, foi de US$ 671,00, o que equivale hoje a equivale a quase R$ 4 milhões.
Mas seguindo o passo de artistas que já fizeram esse percurso de outros artistas, ele deve ter um destaque ainda maior do que a expressiva troca com Drake e o sucesso de “Not like us” trouxe para sua carreira no ano passado.
Usher, por exemplo, teve um aumento de 550% em suas músicas no Spotify após a apresentação no Super Bowl.
Rihanna, em 2023, também se apresentou no palco em fevereiro, aproveitou o momento para fazer o marketing da sua maca, Fenty Beauty, e levantou o equivalente a US$ 44 milhões em divulgação espontânea.
Então, para Kendrick Lamar, o Super Bowl chega como o show da sua carreira, mesmo sendo um dos rappers mais consolidados no mercado na última década.