Rap e funk viram alvo do governo com PL “anti-Oruam”

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Moyses

Oruam com a mão no rosto após ver rap e funk virar alvo

O PL “anti-Oruam” vem ganhando força em diferentes regiões do país, colocando um alvo em cima de gênero como rap e funk.

Até o momento, ao menos vereadores de 12 capitais já apresentaram projetos semelhantes em sua região.

Além disso, Kim Kataguri (União Brasil-SP), apresentou o projeto na Câmara, enquanto o senador Cleitinho (Republicanos-MG), levou proposta semelhante ao Senado.

Como um de seus argumentos, Kataguri afirma que o Oruam é “uma figura emblemática que promove o crime em seus shows”.

A seguir, vamos explorar melhor cada um desses aspectos, além das recentes “trocas de convite” entre Amanda Vetorazzo e Oruam, através das redes sociais.


PL “anti-Oruam” ganha mais espaço no Brasil, mas é inconstitucional

Esse movimento atrás do rap e funk se iniciou nas últimas semanas, depois que Amanda Vetorazzo (União Brasil-SP), protocolou um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo.

Oruam com a mão no rosto após ver rap e funk virar alvo

O nome do PL “anti-Oruam” deixa uma mensagem clara em relação ao seu objetivo.

Mas se à primeira vista parece que se trata apenas de impedir o artista carioca de se apresentar no Brasil, a área de alcance do PL é maior, e visa mais do que Oruam.

O projeto, basicamente, se endereça a músicas que “promovam apologia ao crime, ao funk criminoso e ao uso de drogas.

Desse modo, o rap e funk são os gêneros musicais mais visados em relação a este tipo de mensagem.

Apesar da repercussão, vale mencionar que nas doze capitais em que o projeto foi apresentado, os representantes eram, em sua maioria, do União Brasil e PL.

Além disso, Danilo Cymrot, doutor em Direito pela USP e autor do livro “O funk na batida: Baile, rua e parlamento”, destaca um ponto em relação à inconstitucionalidade do projeto:

“É inconstitucional você preventivamente deixar de contratar um artista com a suposição de que uma ou outra música dele pode fazer apologia ao crime”.

Entre as 12 capitais, no entanto, que já apresentaram um projeto semelhante, além de São Paulo, estão:

  • Belo Horizonte;
  • Rio de Janeiro;
  • Campo Grande;
  • Fortaleza;
  • Curitiba;
  • Vitória;
  • João Pessoa;
  • Porto Alegre;
  • Cuiabá;
  • Porto Velho;
  • Natal.

Convites para conversar de Amanda e Oruam

Através de seu perfil na rede social, X, Amanda fez um vídeo, que também publicou em outras redes, fazendo um discurso para reforçar o seu ponto protocolando este projeto de lei.

Contudo, além de falar sobre o projeto de lei, a vereadora também deixou um convite para Oruam, Poze do Rodo e “seus colegas de apologia”.

Ela também disse que chamaria os mais de 100 parlamentares que já protocolaram a lei, além de familiares que perderam parentes policiais no combate do crime organizado.

Na publicação, diferentes artistas da cena do rap e funk apareceram para rebater a atitude da vereadora. Entre os nomes estão, DK, Azzy e Apollo MC.

Oruam, por sua vez, republicou o vídeo de Amanda com a seguinte legenda “Vem vc aqui na Penha pra entender minha arte eu aceito conversar com vc“.

Somando as duas publicações, há quase 10 milhões de visualizações apenas no X, o que mostra como este assunto tem repercutido na internet.

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