O projeto ‘Canto Djavan‘, lançado em 10 de julho de 2025 pelo selo slap (Som Livre), reúne artistas pretos da nova geração para reinterpretar músicas de um dos maiores nomes da MPB.
Assim, o tributo conta com direção artística de Max Viana, filho de Djavan, e foi gravado em clima de imersão no Estúdio Rocinante, em Araras (RJ).
A proposta, aliás, vai além da homenagem: busca atualizar a sonoridade das canções com identidade própria, sem perder o lirismo e sofisticação típicos do compositor alagoano.
O resultado é um álbum de 12 faixas que alterna sucessos consagrados com composições menos conhecidas do grande público.
Luccas Carlos, Melly e Bruna Black entre os destaques
O cantor Luccas Carlos ficou responsável por “Aridez” e “Azul”, unindo R&B e MPB em versões refinadas.
Já Melly emocionou com releituras de “Nem Um Dia” e “Tenha Calma”, reforçando a delicadeza das letras com uma pegada soul contemporânea.
Bruna Black, portanto, trouxe nova vida a “Ventos do Norte” e “Amor Puro”. Enquanto isso, Hodari investiu em um tom quase espiritual nas faixas “Cigano” e “Samurai”.
O pianista Jonathan Ferr, conhecido por seu trabalho no jazz e na música instrumental, reinterpretou “Pétala” e “Adorava Me Ver Como Seu” com arranjos, de fato, atmosféricos e modernos.
Intimidade, diversidade e identidade preta
Mais do que uma coletânea de covers, o Canto Djavan destaca-se pelo olhar afetivo e técnico sobre o repertório do artista.
A diversidade das vozes e estilos revela o impacto de Djavan em diferentes gerações e gêneros musicais. Desse modo, o projeto reforça sua importância como referência atemporal.
A produção musical assinada por Uiliam Pimenta, Julio Raposo e Pepê Santos prioriza arranjos orgânicos, mesclando cordas, teclados e batidas eletrônicas em equilíbrio.
As gravações aconteceram em uma imersão artística entre os participantes, fortalecendo o senso coletivo do projeto.
Onde ouvir e por que vale a pena?
Disponível nas principais plataformas de streaming desde 10 de julho, o álbum Canto Djavan é uma ponte entre o passado e o presente da música brasileira.
Ao reunir vozes negras emergentes com composições profundas, o projeto convida o público a redescobrir a obra de Djavan sob novas camadas de significado.
