Phonk é um subgênero do trap que nasceu a partir das cenas de rap do sul dos EUA, especialmente em cidades como Memphis e Houston, durante os anos 90.
Assim, ele chama a atenção pelo uso intenso de diferentes elementos. Entre eles estão: samples lo-fi, com trechos vocais retirados de músicas antigas e uma atmosfera crua e sombria.
A estética do phonk remete, sobretudo, ao horrorcore e ao funk dos anos 90, misturando batidas lentas e pesadas com sons distorcidos e reverberações.
Recentemente, um dos elementos que entrou em bastante uso, são os do funk brasileiro, e vão desde trechos de outras músicas à elementos da bateria.
A popularização via internet e a nova geração
O phonk ressurgiu e ganhou destaque na cena digital com a explosão do SoundCloud e do TikTok, onde o estilo viralizou com vídeos de drift e carros nas ruas, consolidando o chamado “drift phonk”.
Além disso, diferentes nichos, como de musculação ou cortes virais, passaram a usar músicas do gênero pelo seu poder de impacto ─ ideal para transições. Você pode ver um exemplo abaixo dos produtores NUEKI x TOLCHONOV:
Produtores como DJ Smokey, DJ Yung Vamp e Killa Kyleon foram importantes para essa popularização nos EUA e que hoje circula com força na Rússia.
No Brasil, artistas e produtores independentes começaram a adaptar o estilo, trazendo o phonk para a nossa realidade. Mas não são os únicos que usam elementos do Brasil, uma vez que, a produção acima é da Rússia.
O Phonk no Brasil: artistas e particularidades
No cenário nacional, nomes como Mc Bin Laden, Bibi Babydoll têm apresentando o phonk, dando destaques, sobretudo a elementos regionais e a cultura local. Quer um exemplo? Veja o projeto de Mc Bin Laden com Dragon Boys:
A produção brasileira costuma criar um phonk com identidade nossa mesmo, algo que é bem característico dos nossos artistas.
Com isso, o som mantém a aura sombria, enquanto ganha textura por meio de letras sampleadas ou compostas, que vão beber novamente do funk ou algo mais próximo da periferia.
Estética e temas do Phonk
Visualmente, o phonk costuma se associar a elementos retrô, distorções, imagens em VHS, neons e temas urbanos.
De todo modo, o phonk traz uma alternativa ao trap mais agressivo, indo em um caminho diferente do rage, já que seu foco é maior no instrumental. Então, é comum encontrar muita produção apenas com a batida.
Phonk como parte da diversidade do trap
Assim como o drill, o phonk mostra a capacidade do trap de se reinventar, absorvendo influências diversas e criando novas linguagens sonoras.
Ele prova que o trap é uma cultura em movimento, com múltiplas expressões e possibilidades.
No próximo artigo da série, vamos abordar o trap melódico, que mistura batidas suaves com letras sentimentais, conquistando cada vez mais espaço no Brasil.