O Rio de Janeiro é um dos polos mais importantes do rap no Brasil, mas com sua característica única. Assim, ele traz a forte influência da cultura carioca nas ruas e nas letras.
A cidade chama a atenção pela diversidade musical, de Chico Buarque à Zeca Pagodinho, de Claudinho e Bochecha à Anitta, estamos falando de um berço de talentos internacionais.
Por isso, o que não falta é fonte para o rap se alimentar, se misturando com ritmos locais, criando seu próprio molho em uma cozinha cultural rica e quente.
Artistas e movimentos do rap carioca
Nomes como MV Bill e Black Alien, sem dúvida, são o suficiente para explicar o que essa cena tem a oferecer.
As letras trazem as realidades das ruas, a boca na esquina, o tiro na favela, o tratamento especial da polícia, e todo aquele roteiro que o favelado carioca conhece bem. Daí a importância do rap, de ser esse grito que unifica e potencializa a voz do povo marginalizado.
MC Marechal é outro artista vital para a cena carioca, e é impossível documentar tudo.
Entretanto, nomes como Felp 22 (ao lado do produtor WC no Beat), Filipe Ret (junto com Mãolee), Cone Crew Diretoria, estão na base de uma cena trap tão pulsante.
Além disso, a cidade se destaca por suas batalhas de MCs e MCs de batalhas. Hoje, uma geração de artistas de batalha como Xamã, Orochi, MD Chefe, Major RD, são artistas estabelecidos na cena.
Produtoras do Rio de Janeiro e o novo fôlego
Hoje o Rio de Janeiro abriga grandes nomes da música. Embora não se compare a São Paulo, ela tem sua importância para o movimento que o trap faz hoje no cenário musical.
Estamos falando de produtoras como a NADAMAL e a Mainstreet Records, UCLÃ, Papatunes, e claro que não dá para deixar de citar a Pineapple, que se tornou uma grande marca além de gravadora.
O Rio de Janeiro abriga hoje Poze do Rodo, Oruam, e tem sido casa para artistas de fora como Duzz e Alee, por exemplo.
De todo modo, o Rio ainda não parece ter uma estrutura compatível ao tamanho real da cena que ele abriga.
Falta de eventos, casas de shows e até espaços onde o público trap ou do rap possam se identificar em escassez, limitam o crescimento dos artistas, que poderia ser ainda maior na cidade do Cristo Redentor.
No próximo artigo, vamos conhecer Brasília e seu papel na cena do rap nacional, com destaque para artistas alternativos e inovadores.
