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Dia Mundial do Hip Hop: Celebrando a cultura que transformou o Mundo

Em 12 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Hip Hop, uma data simbólica que marca a fundação da Universal Zulu Nation em 1973, nos Estados Unidos.

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Em 12 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Hip Hop, uma data simbólica que marca a fundação da Universal Zulu Nation em 1973, nos Estados Unidos. Criada por Afrika Bambaataa no Bronx, em Nova York, a Zulu Nation foi a primeira e mais importante organização do movimento hip hop, surgindo como uma alternativa pacífica aos conflitos entre gangues e promovendo a união por meio da música, dança e arte. Este marco foi crucial para o nascimento de uma cultura que hoje é celebrada em todos os continentes.

As Raízes do Hip Hop: Dos “Block Parties” ao Movimento Global

Nos anos 1970, o hip hop começou a ganhar forma no Bronx, com influências de ritmos afrodescendentes como funk, R&B, blues, rock, reggae e jazz. Clive Campbell, conhecido como Kool Herc, é amplamente reconhecido como o pioneiro do movimento, organizando as primeiras festas de rua, conhecidas como “block parties”. Nessas festas, o DJing ganhou destaque, com Herc experimentando técnicas de mixagem para criar uma atmosfera única e contagiante.

Ao lado de Afrika Bambaataa e Grandmaster Flash, Kool Herc ajudou a definir os elementos fundamentais do hip hop: o DJ (responsável pela batida), o MC (a voz e a mensagem), o breaking (dança) e o graffiti (arte visual). Esses quatro pilares formaram a base para uma cultura que rapidamente transcendeu o Bronx e conquistou o mundo.

A Expansão do Hip Hop pelo Mundo e Chegada ao Brasil

Na década de 1980, o hip hop ultrapassou as fronteiras dos Estados Unidos e ganhou destaque global. No Brasil, o movimento encontrou um solo fértil, especialmente nas periferias de São Paulo, onde jovens se reuniam para batalhas de rap e breakdance, como as históricas disputas no bairro da República. Por aqui, o hip hop se consolidou como uma forma de resistência, oferecendo voz aos marginalizados e denunciando as injustiças sociais.

O hip hop brasileiro incorporou sua própria identidade, refletindo as realidades e lutas das comunidades periféricas. As letras de rap, muitas vezes, traziam críticas contundentes e viscerais às desigualdades, enquanto DJs remixavam clássicos e criavam novas batidas que emocionavam o público.

O Legado e Importância do Dia Mundial do Hip Hop

Hoje, o hip hop é um fenômeno global que influencia moda, comportamento e política, além de ser um dos gêneros musicais mais populares do mundo. O Dia Mundial do Hip Hop nos lembra de suas raízes e da importância de valorizar uma cultura que nasceu nas ruas, mas conquistou milhões. É uma celebração da luta, resistência e criatividade de todos que mantêm vivos os elementos dessa cultura.

A data de 12 de novembro é um momento para relembrar a essência do hip hop: uma plataforma para os excluídos, um canal de expressão para os que não tinham voz, e uma celebração das raízes culturais afrodescendentes. Celebrar o Dia Mundial do Hip Hop é honrar a trajetória de Afrika Bambaataa, Kool Herc, Grandmaster Flash e de todos os pioneiros que abriram caminho para que essa cultura transformadora continue inspirando gerações ao redor do mundo.

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Mc Hariel: O Caminho da Superação e a Ascensão no Funk

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Em entrevista no Provoca desta terça-feira (17), o apresentador Marcelo Tas recebeu o funkeiro MC Hariel. O cantor relembra a infância difícil e a proximidade com as drogas dentro de sua família.

“Sou um sobrevivente, com certeza. Vim de uma casa em que, escutei diversas vezes isso da minha mãe: ‘tá todo mundo esperando você vender droga e suas irmãs virarem piranha, por favor não façam isso’. Cresci com tios dependentes químicos, pai dependente químico, minha mãe que buscou um caminho de recuperação… minha infância não foi fácil”, conta.

O funk, gênero que pulsa nas periferias do Brasil, tem uma história marcada por resistência, luta e superação. Mc Hariel, que foi de entregador de pizza a estrela do funk, é a prova viva do impacto cultural e social desse movimento. Em uma conversa reveladora, o artista compartilhou momentos decisivos de sua trajetória, desde a dor da perda até a conquista do sucesso. Ele fez questão de frisar a importância do respeito ao processo e da valorização das pequenas vitórias no cotidiano, que, para muitos, são as maiores conquistas.

A morte do pai foi um divisor de águas na vida de Hariel. Um episódio doloroso, que o impulsionou a buscar no funk uma forma de se expressar. “Eu queria falar sobre dor, sobre o trauma, sobre as cicatrizes”, contou, lembrando do momento que o levou a encontrar no funk uma maneira de lidar com a perda e ainda assim buscar a leveza da vida. O funk, ao contrário de outros gêneros, se tornou a linguagem que ele precisava para externalizar suas emoções de forma autêntica e direta.

Hariel, que começou a gravar suas músicas quando tinha apenas 12 anos, viu seu trabalho evoluir e a internet, que lhe ofereceu visibilidade, transformou o que era um sonho em realidade. A caminhada não foi fácil. Ele relembra os tempos de dificuldades financeiras, quando, para chegar aonde chegou, teve que conciliar o emprego com os primeiros shows no funk, sempre investindo no seu trabalho, mesmo sem saber se teria retorno imediato. Mas quando o dinheiro começou a aparecer, ele soube que era hora de viver da música.

Em um momento da conversa, Hariel relembrou com carinho a infância difícil, repleta de limitações materiais. Ele falou da dificuldade de ter roupas novas e dos sacrifícios feitos pela sua mãe, que, com lágrimas nos olhos, lhe deu um tênis simples, mas simbólico, que marcaria o início de uma nova fase. “Agora eu sou Mc”, disse, em um momento de reflexão sobre o que aquele presente representava para ele.

A fama, no entanto, trouxe outros desafios. Com o sucesso, vieram também as responsabilidades e, ao mesmo tempo, a possibilidade de transformar sua realidade e a de sua família. Mas ele reforçou que, apesar das vitórias, o caminho não foi fácil. Para muitos artistas do funk, o retorno financeiro nem sempre é imediato, e a resistência é constante.

Em sua visão, o que realmente importa é o respeito – tanto no relacionamento com os outros quanto consigo mesmo. Ele compartilhou que aprendeu a valorizar o amor e o respeito mútuo, especialmente em seu casamento. “O mais importante em um relacionamento é o respeito”, afirmou, destacando a força de sua companheira, com quem compartilha a criação dos filhos.

Hariel encerra sua história com um olhar para o futuro, ao falar dos sonhos de ser um empresário bem-sucedido, de continuar fazendo música e de manter a família unida e saudável. Ele descreveu seus filhos como fonte de inspiração e coragem, lembrando que, apesar das dificuldades, o mais importante é cair e levantar, aprender com os erros e respeitar o processo da vida. O funk, para ele, vai além da música. É uma forma de viver, de ensinar, e de dar voz àqueles que, muitas vezes, são silenciados.

Essa trajetória de superação não é apenas sobre fama ou dinheiro, mas sobre encontrar no meio das dificuldades uma forma de seguir em frente, expressar suas emoções e conquistar seus objetivos. E, para o público, a mensagem é clara: o funk é mais do que um gênero musical. É um reflexo da realidade de muitos jovens brasileiros, que, assim como o Mc, buscam se afirmar e transformar suas vidas através da arte.

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As DISS no Rap Brasileiro: Conflito, Arte e a Linha Tênue Entre Música e Realidade

DISS até onde é música ou realidade? Como a DISS impactou o mercado do rap brasileiro nos últimos anos.

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As diss têm desempenhado um papel importante no rap brasileiro, sendo uma ferramenta de expressão, confronto e provocação entre artistas. Mais do que simples músicas de rivalidade, elas carregam camadas de mensagens, críticas e reflexões que muitas vezes vão além do campo musical, gerando debates intensos tanto na cena quanto entre os fãs.

Nocivo Shomon, conhecido por suas letras diretas e confrontos com outros artistas, construiu uma trajetória onde as diss desempenharam um papel central. Suas músicas questionaram ideias e posturas no rap, sempre com um tom de embate lírico que gerava discussões. Baco Exu do Blues e Diomedes Chinaski também trouxeram suas provocações para as diss, como na emblemática troca de farpas em Sulicidio, que trouxe à tona questões de regionalismo e identidade.

Nos anos 2000, Cabal, em um estilo mais explosivo, utilizou as diss como ferramenta para marcar sua presença no cenário, enquanto Marechal e Kamau optaram por um tom técnico e poético em suas composições, mantendo o embate no campo da habilidade lírica. Outros artistas, como Emicida, Rashid e Don L, também trouxeram abordagens que transitavam entre a crítica e a reflexão, fortalecendo o papel das diss como elemento cultural no rap nacional.

Uma característica peculiar das diss é a sua capacidade de gerar uma tensão que muitas vezes confunde os limites entre o campo artístico e o pessoal. Não é raro que o público questione se essas disputas se limitam às rimas ou se refletem em confrontos reais. Em alguns casos, diss já resultaram em desentendimentos que extrapolaram o campo da música, levantando questionamentos sobre o impacto e os limites dessa prática.

Recentemente, Nocivo Shomon publicou um vídeo nas redes sociais onde revisitou sua relação com as diss. No vídeo, ele reflete sobre como entendia esses confrontos no passado e compartilha uma mudança de perspectiva. Ele declarou que não fará mais diss, enfatizando que todas as suas músicas no gênero não tinham um tom pessoal, mas sim de embate ideológico e artístico. Além disso, fez questão de reconhecer a relevância e o impacto dos artistas que mencionou em suas letras, reforçando a importância de cada um para o cenário do rap.

A fala de Nocivo aponta para um momento de amadurecimento e reflexão sobre o papel das diss no rap brasileiro, evidenciando que, embora sejam uma parte essencial da cultura hip-hop, elas também demandam responsabilidade e compreensão sobre o impacto que podem gerar dentro e fora da música.

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Negra Li Invoca o Espírito de Rosa Parks com Black Money

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O Ato de Coragem que Inspirou a Luta pelos Direitos Civis

Uma conexão simbólica entre diferentes formas de resistência negra, que atravessam gerações e contextos históricos. No clipe e música “Black Money”, Negra Li reforça uma mensagem de empoderamento feminino e luta por igualdade racial e econômica, mencionando Rosa Parks como um ícone de coragem e resistência que inspira novas formas de ativismo.

Em 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks, uma costureira afro-americana, tomou uma decisão que mudaria a história ao se recusar a ceder seu assento a um homem branco em um ônibus segregado em Montgomery, Alabama. Esse gesto simples, mas extremamente corajoso, tornou-se um marco na luta pelos direitos civis, unindo a comunidade negra e confrontando as leis de segregação racial da época.

O conceito de “Black Money”, abordado por Negra Li, também reflete a importância da autonomia financeira e da construção de uma consciência coletiva sobre o consumo e a valorização de produtos e serviços criados por pessoas negras. Essa ideia se alinha com o espírito de Rosa Parks, que desafiou um sistema opressor e abriu caminho para o fortalecimento da comunidade negra. Ambas simbolizam, em seus respectivos campos, resistência e o desejo de transformação social.

A prisão de Rosa Parks deu início ao Boicote aos Ônibus de Montgomery, uma mobilização que durou 381 dias e resultou em pressão significativa para acabar com a segregação nos transportes públicos. Liderado por jovens ativistas locais, entre eles o pastor batista Martin Luther King Jr., o movimento foi essencial para posicionar King como uma figura nacional na luta pelos direitos civis. A ação de Parks foi o estopim que abriu caminho para uma nova era de protestos contra as injustiças raciais.

Embora não tenha sido a primeira a desafiar as leis de segregação, Rosa Parks destacou-se por sua postura respeitada dentro da comunidade e pela rápida resposta organizada por grupos locais. Sua ação inspirou uma sociedade cansada da opressão e mostrou que um único ato de resistência poderia desencadear transformações profundas e duradouras.

Rosa Parks dedicou o restante de sua vida à causa da igualdade racial. Entre as diversas honrarias que recebeu, recebeu, no governo Bill Clinton, a Medalha Presidencial da Liberdade. Seu legado permanece vivo, inspirando gerações em todo o mundo. Sua história é uma prova de que a coragem individual, quando alinhada à força coletiva, tem o poder de derrubar sistemas inteiros de injustiça.

Rosa Parks foi diagnosticada com demência em 2002 e e outubro de 2005, por causas naturais, Rosa Parks faleceu em sua residência em Detroit. Rosa Parks nunca teve filhos.

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