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Batalha de rima: uma parte vital da cultura hip-hop
Hoje vamos explorar um dos movimentos dentro do hip-hop que se iniciou lá no Bronx, durante os anos 70: a batalha de rima.
Com nomes e rimas vibrantes representando cada geração de mcs, hoje estamos em um dos momentos de maior ascensão desse movimento no Brasil.
Portanto, nada mais justo que conhecer um pouco sobre essa cultura que não para de crescer e a cada dia recebe mais jovens.
O que é Batalha de Rima?
Basicamente, e de modo simples de entender, a batalha de rima é um duelo de improviso entre MCs (mestres de cerimônia). Os principais elementos a princípio, são:
- Habilidade de rimar na hora;
- Criatividade
Esse estilo de competição surgiu na cultura hip-hop e ganhou popularidade no Brasil por meio de eventos de rua e palcos de campeonatos.
O local também é um catalisador de talentos, mostrando para os próprios artistas do que eles são capazes de fazer.
De batalhas de rima, saíram grandes artistas como Emicida, Orochi, Dudu, Froid, Xamã entre inúmeros outros.
Eventos como Batalha do Real, o Nacional, e recentemente a FMS, foram e são importantíssimos para a propagação dessa cultura admirada em diversas regiões do mundo.
Quais são as regras da Batalha de Rima?
As regras podem variar de acordo com o evento, mas algumas são mais comuns.
Geralmente, há duas modalidades mais comuns: “45 segundos” ou “Bate e volta”.
Nessa primeira, cada MC tem um tempo determinado para rimar, e as rodadas alternam para garantir que ambos possam responder.
No segundo modo, assim que um MC rima o outro deve respondê-lo, alternando cada um a cada quatro versos mandados.
Além disso, as batalhas podem ser de ataque e resposta ou livres, onde cada um explora seu próprio estilo.
Há também as batalhas de conhecimento, de duplas, trios e outras variedades que não param de surgir.
Após as rimas, jurados, público ou ambos, avaliam critérios como rima, ritmo, criatividade e reação das pessoas presentes, decidindo o vencedor ao final das rodadas.
Qual o Melhor Batalhador de Rima?
Sem dúvida, definir o “melhor” MC na batalha de rima é bem difícil, mas alguns nomes são frequentemente citados pela habilidade e histórico.
Em território nacional, Orochi, Emicida e Douglas Din são alguns dos MCs que passaram serem ícones depois que ganharam diversas séries de batalhas.
Hoje, uma nova geração está em ascensão com MCs técnicos, afiados e em um nível pouco visto antes.
MCs como Jotapê, Apollo, Neo, Kaemy ─ última campeã nacional ─, são algumas das dezenas de destrelas dessa cena de batalha no Brasil.
Como Rimar Bem na Batalha de Rima?
Rimar bem exige prática, criatividade e domínio do vocabulário.
Mas para se destacar é crucial desenvolver o improviso e saber adaptar as rimas conforme a resposta do adversário.
Além disso, um bom MC precisa de carisma e presença de palco para cativar o público.
Um meio para entender melhor isso é assistir a batalhas, estudar estilos e treinar com temas variados. Isso te ajuda a construir um estilo próprio e a ganhar confiança no palco.
O Que é Preciso para Rimar?
Para rimar, o primeiro passo é ter vontade e coragem. Agora, alie isso a um ritmo, timing e concentração.
Praticar técnicas de respiração, estudar métricas poéticas e observar o estilo de MCs consagrados, assim como levar isso para a prática, eleva a qualidade das suas rimas.
Além disso, estar atualizado sobre temas diversos permite criar rimas relevantes e que gerem identificação com o público.
Chegamos ao fim, mas a batalha de rima continua a crescer e evoluir, e novos MCs surgem a cada dia, levando adiante a tradição da improvisação e da criatividade na cultura hip-hop.
Para acompanhar mais informações como esta, nós te convidamos para conhecer o Mundo da Rua!
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Quem é Brandão085? Dos problemas com a Hash a CEO: conheça esse gênio
Brandão085 é um nome que você já ouviu ou inevitavelmente vai ouvir, se você acompanha o cenário do rap nacional.
Afinal, este é um dos gênios do trap do nordeste, saindo do mesmo “berço” do Jovem Dex, a Hash Produções.
Para alegria de todos, no dia 13 de setembro, o artista foi anunciado como o novo contratado da gravadora 30Praum.
Sua última e mais recente colaboração com a cena, foi com o lançamento de seu primeiro álbum pela nova gravadora, “CEO”.
Hoje falaremos sobre este ícone, que esta no caminho para se tornar um dos maiores trappers do país.
Matuê: “resgata o Brandão”
Brandão hoje tem 24 anos, o rapper de Caponga, no Ceará, viveu um episódio difícil com sua antiga gravadora, a Hash Produções.
Não só ele como, Teto, Jovem Dex, Leviano e Alee, tiveram o sonho posto à prova.
Se você conhece esses nomes, sem dúvida, entende o nível de genialidade que estamos citando.
Mas por conta de pouco profissionalismo, ganância da parte da gravadora, e má gestão, a relação com cada um dos artista entrou em conflito.
Em um momento, todo o cenário do rap nacional estava de olho na “gravadora do Jovem Dex” que vinha recebendo crítica de seus próprios artistas.
O período de conflito começou em meados de 2022, e desde então, o rapper se viu em um limbo, onde ele podia fazer música, mas não podia lançar.
Então, chegamos na mensagem de Matuê para Brandão, onde o rapper disse: “E aí, irmão. E aí, mano. Estou acompanhando sua situação, cola aqui em Fortal, quero te fortalecer“.
Este é o relato do próprio Brandão, que falou em entrevista à Billboard.
Desde então, o rapper viu a melhor fase da sua vida começar, iniciando pela participação e co-produção do álbum “333”, de Matuê.
Um destaque interessante: “Resgatar o Brandão” é uma frases faladas no início de ‘Isso é sério’, faixa do álbum de Matuê, com a presença de Brandão.
CEO: “Me responda chefe, o quão longe você quer ir?”
Quando chamamos Brandão085 não é um mero exagero. “CEO“, seu primeiro álbum de estúdio com o novo selo musical de Matuê, é a prova disso.
O projeto composto por 13 faixas impressiona em diferentes esferas, mas a principal delas é o fato de ele estar por trás da produção de todas as faixas.
Assim, ele explora uma estética própria indo contra uma maré em que muito trap tem caído hoje, com uma sonoridade homogênea.
O processo criativo do artista incorpora o detalhe, como ele destaca, o “peculiar”, aquilo que vai fazer soar diferente dos demais.
Processo, aliás, responsável por ajudar no desenvolvimento de “333”, em um momento no qual Matuê se encontrava com um bloqueio.
Para entender melhor do que estamos falando, não tem outro jeito, você precisa ouvir “CEO”.
Entre as participações estão Matuê, Wiu e Teto, parceiros de gravadora. Além deles, apenas Alee aparece no álbum.
Com esse lançamento, Brandão085 chega para deixar sua marca na cena, mostrando o que ele é capaz de fazer, principalmente agora, na maior produtora de trap do Brasil.
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