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Arte

Mundo da Rua visitou a exposição dos OS GEMEOS na capital dos Estados Unidos

O museu Hirshhorn recebe a Endless Story, uma das exposições mais completas da dupla de graffiteiros paulistano Os Gemeos.

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André Simoes

O museu HirshHorn recebe a Endless Story, uma das exposições mais completas da dupla de graffiteiros paulistano Os Gemeos.

A exposição conta com um acervo enorme de fotos, desenhos, instalações, projetos, quadros, paredes, roupas, objetos da dupla.

OS GEMEOS: ENDLESS STORY abriu suas portas em setembro do ano passado e segue até agosto de 2025 no HirshHorn Museum na capital dos Estados Unidos, Washington DC.

Para mim, que acompanho a carreira dos graffiteiros, dois dos mais importantes do Brasil, desde a adolescência foi um grande privilégio. Andar pelas galerias e ver, não apenas quadros e graffitis no museu (o que no fundo ainda é uma grande contratação), mas ver como a cuidadosa curadoria trouxe elementos da infância para a exposição. Desenhos, rabiscos, cadernos e isso tudo misturado à forte relação que Gustavo e Otavio tem com o Hip Hop.

A primeira sessão é recoberta por paredes com réplicas dos desenhos e expostores ao centro apresentam os papéis originais, alguns em pessimo estado (o que torna essas peças ainda mais interessantes). Desenhos fotos e a lendária revista FIZ Graffiti Atack estão lado a lado.

É possível acompanhar uma linha do tempo da vida dos dois e também entender como eles foram transitando o estilo da produção.

Por gosto, importância, escolhas, o graffiti é apresentado em algumas das dimensões em que os dois trabalharam ao longo da carreira, saindo dos muros e transcendendo os quadros.

As instalações dão a dimensão da poderosa obra que a dupla construiu ao longo dos anos. Elas dão um toque a mais pro surrealismo adotado por eles, primeiramente sem muitas barreiras no meio dos anos 1990 até a transição para objetos gigantes do começo dos 2000.

A fase muralista e as inúmeras instalações, que já ganharam muros ao redor do mundo, tem destaque em mais de uma sala de exposição.

Além de apreciar o trabalho, ouvi comentários de encantamento dos gringos que se deparavam pela primeira vez com o trabalho. Muitos tentando, sem conseguir, aproximar de artistas surrealistas ou buscar em suas memórias relações possíveis entre arte e artistas.

Um grupo de brasileiros dizia: isso deveria estar em São Paulo.

O que provavelmente o primeiro grupo não se deu conta é que existe uma dimensão da cidade de São Paulo e da presença do Hip Hop (apesar de bastante explícita) nas obras, talvez por isso tanta dificuldade em explicar com referências de outros mundos o riquíssimo trabalho dOsGemeos.

Já o segundo grupo, de brasileiros, talvez não tenha capturado que é uma obra que permanece em São Paulo, é um imbricamento sem saídas, como em uma boa história sem fim.

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Filipe Ret na comédia: “Resolvi participar porque eu acredito nele”

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Filipe Ret de preto

Com produção de Filipe Ret, Ronald Rios estreia seu primeiro especial

Filipe Ret, sem dúvida, além de um grande artista, nos últimos anos já mostrou a sua veia empresarial. Agora, no entanto, ele impressiona o público ao apresentar sua primeira produção executiva em um show de comédia.

Assim, ele colocou suas fichas dessa vez, no comediante Ronald Rios. Não conhece essa fera da comédia? Pega o currículo então:

  • Apresentador do Comedy Central desde 2022;
  • Pioneiro no YouTube através do trabalho “Com a Palavra, Ronald Rios”;
  • Além disso, teve passagens marcantes:
    • MTV (“Badalhoca”);
    • Jovem Pan (“Oráculo”);
    • CQC;
  • Rap Cru;
  • Laboratório Fantasma ─ jornalista e roteirista.

Sabendo mais de Ronald Rios, já podemos dar a notícia de ouro para você que chegou aqui!

No dia 14 de janeiro seu primeiro especial de stand-up, intitulado “O Príncipe da Comédia”.

O show estará disponível no YouTube, no canal oficial do comediante.

Filipe Ret de preto
Imagem: Reprodução/Instagram

Filipe Ret como produto executivo

A produção executiva ficou por conta do rapper Filipe Ret, respeitado em todo o Brasil por conta de sua longa caminhada de sucesso.

Além disso, o artista falou destacou:

“Eu conheci o show do Ronald Rios através do canal dele no YouTube, em que ele fala muito sobre rap. Gosto muito da vibe do Ronald, da inteligência dele.

Ele tem um potencial que ainda vai se expandir muito pelo país todo. Resolvi participar do projeto porque eu acredito nele: é um moleque sagaz, com uma compreensão crítica muito afiada.”

Gravado no Acústico Comedy, em São Paulo, o especial marca uma nova fase na carreira de Ronald após circular por vários caminhos distintos entre si.


Quem é Ronald Rios?

Ronald iniciou sua trajetória no stand-up em 2007 e, após uma pausa em 2013 para se dedicar ao Jornalismo, retornou ao palco em 2021.

Agora, no entanto, ele lança um especial que celebra sua conexão com a comédia ao vivo – um formato que considera sua verdadeira paixão. Em suas palavras:

“Eu amo muitas coisas. Mas eu foco em uma coisa por vez. Foram bons anos no Jornalismo mas sempre estive escrevendo piadas, porque é o DNA, né? O cérebro nunca para de pensar besteira.

O Maurício (Meirelles, comediante e ex-parceiro de CQC) me pilhou muito pra voltar porque ele sabia que eu tinha.

Uma hora que eu senti que, entrevistando, contei tantas histórias sobre os outros… e estava com muito desejo de contar a minha história de novo. Então voltei pro palco.

Eu achei que estaria enferrujado demais mas rolou o clichê de andar de bicicleta. É bom demais estar no palco viajando pelo Brasil e dividindo com as pessoas as coisas que me fazem rir.

Eu ando de bicicleta melhor que 10 anos atrás.”

Sem dúvida, versatilidade é a palavra que define a carreira do humorista, que passava trotes no rádio, cobriu o conflito na faixa de Gaza e escreve piadas sobre temas espinhosos.

Ronald rios no Palco
Imagem/Divulgação

Atenção ao especial de Ronald Rios!

Ronald convida o público a explorar seu universo pessoal, com piadas que retratam sua vida no Rio de Janeiro. Dessa forma, apresenta suas experiências com relacionamentos, música e a comédia.

Aliás, a classificação é para maiores de 16 anos devido à linguagem e temas abordados.

De todo modo, “O Príncipe da Comédia” é uma celebração da carreira de um pioneiro da comédia no país e um testemunho da evolução de Ronald como artista.

O especial promete cativar audiências de diferentes eras do comediante, com sua mistura de irreverência e vulnerabilidade, consolidando-o como uma das vozes mais autênticas da comédia nacional.

Assista: A partir de 14 de janeiro, no YouTube

Produção executiva: Filipe Ret

Produção: Jessica Matoso e Rachel Brandão 

Direção: Robert Kifer

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Lupe Fiasco se Torna Professor de Rap em Programa da Universidade Johns Hopkins

Lupe Fiasco, um dos rappers mais respeitados de sua geração, foi nomeado professor visitante do prestigiado Peabody Institute, vinculado à Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

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Lupe Fiasco, um dos rappers mais respeitados de sua geração, foi nomeado professor visitante do prestigiado Peabody Institute, vinculado à Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Ele será responsável por lecionar um curso sobre rap como parte do novo programa de Bacharelado em Música com ênfase em Hip Hop. A iniciativa, pioneira no currículo da instituição, reflete o reconhecimento crescente do gênero como uma forma legítima de expressão cultural e artística dentro do meio acadêmico.

O Peabody Institute, conhecido por sua tradição em excelência musical, lançou o programa com o objetivo de explorar as interseções entre performance, composição e produção de hip hop. Liderado pelo professor e produtor premiado Wendel Patrick, o curso busca equipar os alunos com uma base sólida, tanto teórica quanto prática, para entender o impacto do hip hop na música e na sociedade contemporânea.

Esta não é a primeira incursão de Lupe Fiasco no ambiente acadêmico. Em 2022, ele foi professor visitante no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde ministrou a disciplina “Rap Theory and Practice”, que analisava as estruturas e técnicas do rap. Além disso, em 2023, Lupe integrou o programa Saybrook Associate Fellow na Universidade de Yale, fortalecendo sua reputação como uma figura intelectual dentro do hip hop.

O curso, que começará no outono de 2025, oferecerá aos estudantes a oportunidade única de aprender diretamente com um artista que moldou o gênero com álbuns aclamados como Food & Liquor e The Cool. Para Lupe, a posição no Peabody representa não apenas a chance de compartilhar seu conhecimento, mas também de contribuir para a valorização do hip hop como uma disciplina acadêmica e artística.

Essa iniciativa do Peabody Institute reafirma a importância do hip hop como uma força cultural global, destacando como o gênero transcendeu barreiras para se consolidar como uma ferramenta de educação, inspiração e transformação social.

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Políticas Públicas para Mulheres do Hip-Hop

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Nos últimos anos, o movimento Hip-Hop tem se consolidado como uma poderosa ferramenta de resistência social e cultural no Brasil, especialmente nas comunidades periféricas. No entanto, as mulheres que fazem parte desse movimento frequentemente enfrentam barreiras significativas, como misoginia, invisibilidade artística e violência de gênero. 

Reconhecendo esse cenário, o Ministério das Mulheres iniciou uma articulação histórica por meio do Fórum Nacional para a Elaboração de Políticas Públicas para as Mulheres do Movimento Hip-Hop, com encontros que culminaram na construção do programa “Mulheres no Hip-Hop”.

Inciativa Inédita

Essa iniciativa inédita não apenas enaltece a importância da presença feminina no movimento, mas também cria bases concretas para políticas públicas que promovam igualdade, inclusão e valorização cultural. 

Realizado entre os dias 4 e 8 de novembro de 2024, em Brasília, o mais recente encontro do Fórum reuniu ativistas, artistas e representantes de coletivos de diferentes regiões do Brasil. Além de discussões estratégicas, o evento proporcionou momentos de troca de experiências e ações práticas que fortalecem a articulação nacional em torno dessa causa.

Espaço de Resistência e Transformação Social

O Hip-Hop, desde sua criação, foi construído como um espaço de resistência das populações marginalizadas. Para as mulheres, no entanto, esse ambiente apresenta desafios adicionais: preconceitos de gênero e uma estrutura cultural que, muitas vezes, privilegia vozes masculinas.

Apesar disso, mulheres têm desempenhado um papel essencial como rappers, produtoras, educadoras e ativistas, utilizando o movimento como uma plataforma para amplificar suas vozes e lutar por direitos.

O programa “Mulheres no Hip-Hop” surge como resposta a essa desigualdade, propondo a criação de uma rede de apoio que permita às mulheres não apenas florescerem artisticamente, mas também enfrentarem questões estruturais, como violência de gênero. Durante o evento, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a importância dessa iniciativa:

“O Hip-Hop sempre foi um espaço de resistência, e as mulheres têm desempenhado um papel fundamental nesse movimento. Com o novo programa, queremos garantir que elas tenham acesso a ferramentas de valorização e suporte, promovendo uma transformação social e cultural significativa.”

Articulação Nacional

O Fórum Nacional se estrutura como um espaço de consulta e elaboração coletiva, reunindo diferentes vozes para construir políticas públicas efetivas. 

Durante o encontro de novembro, foram criados dois comitês principais: o Comitê de Agenda, responsável por organizar as próximas etapas do programa, e o Comitê de Texto, que trabalha na formulação de documentos que definirão as diretrizes do programa.

Esses esforços serão coroados com o lançamento oficial do programa durante os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, que começou em  20 de novembro e vai até 10 de dezembro. A escolha desse período simboliza o compromisso em combater a violência de gênero e promover a equidade, alinhando o programa às agendas globais de direitos humanos.

Parcerias Estratégicas

A integração do programa “Mulheres no Hip-Hop” com outras políticas culturais reforça a importância de um diálogo interministerial. Durante o evento, as participantes realizaram reuniões com os Ministérios da Cultura e dos Esportes para discutir parcerias que incluam capacitação, apoio a eventos culturais e iniciativas de democratização do acesso à arte.

Um dos destaques do encontro foi a visita ao projeto de extensão “Batalha da Escada”, da Universidade de Brasília (UnB). Realizado semanalmente, o evento reúne jovens em duelos de rimas, promovendo expressão artística e diálogo social.

As participantes do Fórum não apenas prestigiaram o evento, mas também participaram de um debate intitulado “A Favela Venceu?”, que abordou o impacto do Hip-Hop nas periferias e sua capacidade de transformar realidades.

Essa conexão com iniciativas locais evidencia o papel do Hip-Hop como um catalisador de mudanças sociais, especialmente em comunidades vulneráveis. Além disso, reforça a importância de construir políticas que dialoguem diretamente com as demandas e experiências das mulheres que vivem nesses territórios.

Impactos Esperados

O lançamento do programa “Mulheres no Hip-Hop” marca um momento histórico para a cultura brasileira. Mais do que uma política pública, a iniciativa representa um movimento de valorização das mulheres como protagonistas em suas comunidades e no cenário artístico nacional.

Através de apoio institucional, capacitação e visibilidade, o programa busca não apenas combater a misoginia no movimento Hip-Hop, mas também empoderar as mulheres como agentes de mudança.

Os impactos esperados vão além do campo cultural. Ao promover a inclusão e combater a violência de gênero, o programa contribui para uma sociedade mais justa e igualitária, onde as mulheres têm a oportunidade de alcançar seu potencial pleno.

Com uma abordagem inclusiva e interseccional, que integra pautas de gênero, cultura e sustentabilidade, essa iniciativa tem o potencial de inspirar mudanças profundas no cenário cultural brasileiro. Mais do que uma política, ela simboliza um compromisso com a construção de um futuro onde a arte e a equidade caminhem juntas, transformando vidas e comunidades.

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