Arte
Nelson Triunfo: O Pai do Hip Hop Brasileiro é Celebrado em Cinebiografia e Evento Histórico
No dia 12 de novembro, a Casa do Hip Hop de Diadema tornou-se palco de uma celebração grandiosa que uniu passado, presente e futuro do movimento Hip Hop. Além de marcar o Dia Mundial do Hip Hop, o evento celebrou o 25º aniversário da instituição e apresentou, pela primeira vez, o documentário “50 Anos de Triunfo”, um retrato emocionante da vida de Nelson Triunfo – o aclamado “Pai do Hip Hop Brasileiro”.
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A estreia do documentário contou com a presença de um público diversificado e engajado. A exibição foi seguida por uma roda de conversa enriquecedora com nomes de peso como DJ ErryG, Drica Back Spin, Nene Surreal e MC Ohdu, que discutiram os elementos centrais da cultura urbana e a relevância do Hip Hop como ferramenta de inclusão social e preservação da memória coletiva.
Casa do Hip Hop: Um Símbolo de Resistência Cultural
Há 25 anos, a Casa do Hip Hop de Diadema se mantém como um dos mais importantes redutos da cultura urbana no Brasil. Com suas paredes grafitadas e um histórico de promover MCs, DJs, b-boys e grafiteiros, a instituição tem sido essencial para fortalecer a cena do Hip Hop e criar um espaço de troca cultural e engajamento comunitário.
Durante a celebração, a Casa reafirmou seu papel como um ambiente de resistência e criatividade, destacando como o Hip Hop é capaz de transformar realidades, educar e unir pessoas. Essa missão é especialmente significativa em tempos de mudanças sociais, onde movimentos culturais tornam-se ferramentas de voz e visibilidade.
Uma Celebração de Raízes e Futuro
O evento não apenas olhou para o passado, mas também celebrou o que o movimento continua a construir. A primeira exibição de “50 Anos de Triunfo” é um marco que reforça o legado de Nelson Triunfo e aponta para um futuro onde o Hip Hop segue como motor de transformação social.
Com a força da cultura urbana sendo celebrada de maneira tão vibrante, o evento demonstrou que, assim como Nelson Triunfo sempre ensinou, o Hip Hop é mais do que música ou dança – é uma expressão de resistência, identidade e esperança para as periferias brasileiras e para o mundo.
Prepare-se para continuar acompanhando uma história que ecoa, transforma e conecta. O Hip Hop, como Nelson Triunfo nos mostrou, vive – e triunfa.
Nelson Triunfo: O Pai do Hip Hop Brasileiro Ganha as Telas em Cinebiografia Inspiradora
Nascido no calor do sertão pernambucano e radicado em São Paulo, Nelson Triunfo não é apenas um nome na história da música brasileira: ele é um ícone. Dançarino, compositor e ativista social, sua trajetória confunde-se com a origem da black music e do hip hop no Brasil. Agora, essa vida repleta de resistência e arte ganha um novo capítulo: uma emocionante cinebiografia que celebra seus 60 anos dedicados à cultura de rua.
Foto: Facebook/ Reprodução
Uma História de Resistência e Arte
Desde as décadas de 1970 e 1980, Nelson Triunfo desafiou o sistema. Durante a ditadura militar, ele ousou usar a música, a dança e a arte como ferramentas de resistência, plantando as sementes do que hoje é um movimento gigantesco. Foi na adversidade que Nelson solidificou sua influência, transformando-se em um símbolo de perseverança e voz ativa para toda uma geração.
O Documentário
Dirigido por Caue Angeli e Hernani Ramos e produzido pelo Canal Aberto, o documentário mergulha profundamente na vida e no legado de Nelson Triunfo. Com depoimentos de grandes nomes do hip hop nacional, a obra presta um tributo emocionante a um dos precursores do movimento no país.
Não se trata apenas de relembrar momentos históricos, mas de entender o impacto de Nelson na construção de uma identidade cultural para as periferias brasileiras. Sua influência transcendeu o palco e chegou às ruas, escolas e comunidades, inspirando milhares a acreditarem no poder transformador da arte.
Por que Assistir?
O filme não é apenas uma homenagem; é um convite para refletir sobre a força da cultura negra e periférica no Brasil. Nelson Triunfo nos mostra que, mesmo enfrentando desafios aparentemente intransponíveis, é possível construir algo que ultrapasse gerações. É uma obra para quem valoriza a história e para aqueles que desejam conhecer mais sobre as raízes do hip hop e da black music no país.
Prepare-se para uma jornada emocionante pela vida de um dos grandes pilares do hip hop brasileiro. Nelson Triunfo não apenas viveu a história – ele a escreveu com passos de dança e versos de resistência.
Assista o filme na integra: (84 mins)
Arte
Z, Zumbi, África, Brasil
Nascido em 1655 no Quilombo dos Palmares, um dos maiores e mais famosos quilombo do Brasil.
“
Aos mestres aqui vai a nossa homenagem;
Respeito muito bem o que vem do além;
Por isso, temos que celebrar a periferia;
A verdadeira hip-hoplogia precisa ser esclarecida;
Somos frutos de um cerimonial extraído de um quilombo negro;
Onde somente os verdadeiros reinam…”
Assim começa o disco Antigamente Quilombos hoje Periferias do lendário grupo de rap paulistano Z`África Brasil.
Z de Zumbi, não por acaso. Zumbi dos Palmares foi um dos maiores líderes da resistência negra no Brasil durante o período colonial e é lembrado como um símbolo da luta contra a escravidão e da busca por liberdade e justiça para os povos afro-brasileiros.
Nascido em 1655 no Quilombo dos Palmares, um dos maiores e mais famosos quilombo do Brasil. Zumbi nasceu livre e ali viveu sua primeira infância. ele foi capturado ainda criança por soldados portugueses e entregue a um padre missionário, ele, então, aprendeu português e latim, mas, mesmo crescendo em um ambiente cristão, Zumbi nunca esqueceu suas origens africanas. Aos 15 anos, conseguiu escapar e retornar ao Quilombo dos Palmares, onde se juntou à comunidade de resistência.
De volta a Palmares Zumbi foi morto lutando pela liberdade no dia 20 de novembro de 1695. Aqui a história desse dia faz uma volta em espiral para que possamos relembrar do legado desse líder e tantos outros que lutaram pela justiça e liberdade do povo preto.
Como conta a história, Exu atingiu um pássaro hoje com a pedra que jogou ontem, a espiral nos coloca de volta nesse momento de luta.
Foto: Arquivo MDR
O Quilombo dos Palmares remonta a 1597, época que os primeiros escravizados se reencontraram com a liberdade experimentada na África. São quase 100 anos de existência até o momento da morte de Zumbi. Foram milhares de pessoas, estima-se que cerca de 20 mil viviam por lá, que viveram sua liberdade.
O antigo quilombo que ficava na Serra da Barriga (em Alagoas), foi o abrigo da liberdade e hoje continua sendo abrigo da liberdade. Das idéias e ideais.
O Hip Hop é como Palmares, um lugar nas imaginações de pessoas pretas, pardas, e todas as pessoas que lutam por liberdade e um ideal de justiça.
Assim como o título do disco do Z’África Brasil, Antigamente Quilombos hoje Periferias, se antes havia um lugar físico e em muito cantos do Brasil eles ainda existam, hoje as periferias se configuram como nosso quilombos, lugar de refúgio do pensamento e da liberdade.
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Martzin é o Grande Campeão do Duelo de MCs Nacional 2024
O palco tremeu, a rima estava afiada e a emoção tomou conta. Ontem (17), o rapper Martzin, diretamente de Azurita, Minas Gerais, conquistou o tão cobiçado título do Duelo de MCs Nacional 2024, tornando-se o novo campeão do freestyle brasileiro. A final foi um verdadeiro espetáculo de criatividade e habilidade, com Martzin superando Japa MC na batalha decisiva da noite.
O Retorno do Título a Minas Gerais
Com a vitória, Martzin devolveu o troféu do Duelo de MCs Nacional ao estado de Minas Gerais, que é um berço de grandes nomes do freestyle nacional. Representando o interior do estado, o MC provou que o talento vai muito além dos grandes centros urbanos e reafirmou a força das batalhas como um dos pilares do Hip Hop brasileiro.
“Essa vitória é pra minha cidade, pra Minas Gerais e pra toda a família que acredita no poder da rima”, declarou Martzin após o duelo.
Um Dia Histórico para o Freestyle Nacional
A final do Duelo de MCs Nacional não foi apenas uma competição; foi um dia cheio de emoções para a cultura Hip Hop do Brasil. O evento reuniu uma multidão apaixonada e reafirmou a relevância das batalhas de rima como um espaço de expressão artística, resistência e união.
Além disso, a vitória de Martzin traz à tona o poder transformador do Hip Hop nas comunidades, especialmente no interior do Brasil, onde muitas vezes os talentos não têm a mesma visibilidade dos grandes centros.
O Legado do Duelo de MCs Nacional
O Duelo de MCs Nacional é mais do que uma competição: é um movimento que celebra o freestyle como uma forma de arte e resistência. Desde suas primeiras edições, o evento revelou nomes que hoje são ícones do rap nacional, e a vitória de Martzin só reforça a importância de dar voz a novos talentos de todas as regiões do país.
O Hip Hop Vive e a Luta Continua
A conquista de Martzin é um lembrete do poder do Hip Hop como ferramenta de transformação social e cultural. Sua vitória é a vitória de todos que acreditam, batalham e fazem o corre acontecer.
Parabéns, Martzin, por sua trajetória e por levar o título nacional de volta para Minas Gerais! Que sua conquista inspire novos talentos e fortaleça ainda mais o movimento.
O freestyle é resistência, é cultura, é vida. E, com Martzin, o Hip Hop brasileiro segue mais vivo do que nunca!
Arte
Arte Urbana: Transformação e Revitalização
A arte urbana tem desempenhado um papel transformador em várias cidades, promovendo a revitalização de espaços públicos e fortalecendo laços culturais e sociais. Ao ocupar fachadas, muros e locais anteriormente deteriorados, a arte de rua reinterpreta o ambiente urbano, convertendo áreas que antes evocavam abandono em pontos de encontro visual e cultural.
Essa forma de expressão conecta a população com suas raízes e identidade local, refletindo a diversidade étnica, as histórias e as lutas da comunidade. Murais e grafites levam a arte para fora dos espaços tradicionais, tornando-a acessível a todos, independentemente de classe ou formação, promovendo uma democratização que valoriza o contato direto com o público.
Transformação Urbana
Socialmente, a revitalização dos espaços através da arte urbana estimula o senso de pertencimento ao engajar os moradores na preservação e na valorização de seus bairros.
Esse movimento artístico também abre novas perspectivas para os artistas, que ganham visibilidade ao contribuir para o ambiente coletivo e, ao mesmo tempo, desafiam a percepção de que arte pública se limita a galerias e museus. Ao requalificar áreas urbanas, a arte de rua transforma a paisagem cotidiana e incentiva a interação entre os moradores e suas cidades.
Durante os últimos anos, festivais de arte urbana e projetos culturais têm incentivado o uso do espaço público como tela para obras que não apenas embelezam, mas trazem à tona importantes debates, como a preservação ambiental e a valorização das culturas ancestrais.
O engajamento de artistas locais, incluindo mulheres e pessoas de diversas origens, diversifica ainda mais esse cenário, aumentando a representatividade e fortalecendo a identidade visual da cidade.
OSGEMEOS: Pelas ruas de São Paulo
Um exemplo de grande influência na cena urbana é o trabalho de OSGEMEOS, dupla de irmãos grafiteiros que, desde os anos 1980, vem mudando a paisagem de São Paulo e outras cidades ao redor do mundo. Seus murais, conhecidos por personagens característicos e universos coloridos, têm revitalizado ruas, becos e prédios inteiros, tornando-os marcos culturais e turísticos.
As obras dos artistas não só enriquecem visualmente o ambiente urbano, mas também carregam histórias e simbolismos da cultura brasileira, oferecendo uma nova perspectiva e conectando as pessoas com suas raízes de maneira acessível.
A atuação de OSGEMEOS em São Paulo, por exemplo, é emblemática. Com uma linguagem visual única e expressiva, eles transformaram pontos esquecidos em telas vibrantes, introduzindo figuras oníricas e temas que abordam o cotidiano da cidade e a complexidade da vida urbana.
Essa combinação de arte e urbanismo dá vida aos espaços, valoriza o cenário urbano e contribui para a revitalização cultural, tornando a arte acessível e celebrada por todos.
Arte para Todos
Iniciativas de coletivos de artistas também têm sido essenciais para promover a arte urbana como um meio de conscientização e ativismo. Combinando grafites, lambe-lambes e outras formas de intervenção, esses grupos abordam temas atuais, como justiça social e ambiental, que repercutem amplamente na população.
Entretanto, os artistas enfrentam desafios, como o financiamento limitado e a persistente marginalização da arte urbana, o que demonstra a necessidade de maior apoio institucional para que esses projetos tenham alcance e permanência no ambiente urbano.
Embora a arte urbana tenha conquistado um espaço importante no cenário cultural, a falta de políticas públicas que incentivem e protejam esse tipo de manifestação ainda limita seu pleno reconhecimento como um instrumento de revitalização e valorização social.
O esforço desses artistas e coletivos para transformar e humanizar o espaço urbano é uma prova do poder da arte em provocar mudanças e promover diálogos dentro da sociedade.
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