Moda
Marieme e Luedji Luna Celebram Conexão entre Senegal e Brasil com o Lançamento de “Let You Go”
Marieme e Luedji Luna Celebram Conexão entre Senegal e Brasil com o Lançamento de “Let You Go”
A parceria musical entre a baiana Luedji Luna e a senegalesa Marieme resultou em uma colaboração marcante no single “Let You Go”, uma canção poderosa sobre liberdade e superação. Após anos de admiração mútua e encontros em diferentes cidades ao redor do mundo, as artistas finalmente consolidaram essa conexão artística durante uma visita de Marieme a São Paulo. Em apenas duas horas de sessão criativa, elas compuseram e produziram a faixa bilíngue, que já conquistou fãs e serve como um prelúdio para o próximo EP de Marieme, All The Colors.
Uma Conexão entre Bahia e Senegal
As raízes culturais de Luedji Luna, originária da Bahia, e Marieme, que cresceu entre o Senegal e os Estados Unidos, são evidentes em “Let You Go”. Para Luedji, a conexão entre Bahia e Senegal é algo natural e profundo. “Ela sempre foi generosa comigo, e de natureza enérgica”, comenta a baiana, destacando a irmandade que nasceu entre elas.
Marieme, por sua vez, descreve a parceria como uma união de irmãs. “Eu fui vê-la cantar em Londres, quando ela se apresentou no festival Summerdays, e nos conectamos ainda mais”, conta. A cumplicidade cresceu a ponto de Marieme convidar Luedji para gravar o videoclipe da música no deserto do Mojave, em Las Vegas.
Liberdade e Feminismo em Destaque
Dirigido por Marieme e filmado por Mason Wright, o videoclipe de “Let You Go” traz cenas inspiradoras das duas artistas dirigindo por uma estrada deserta. O cenário vasto e árido do deserto do Mojave é um simbolismo perfeito para o tema central da canção: a libertação de um relacionamento tóxico e a busca pela paz interior. Com produção de Doc McKinney e arranjos de David Williams II e Adrian X, a faixa é embalada por afrobeats e explora o conceito de liberdade de maneira poética e sensível.
Para Marieme, que precisou deixar o Senegal ainda criança devido à guerra com a Mauritânia, a canção é uma expressão de resistência e empoderamento. “É uma música feminista, mas para todos os públicos”, explica. “Muitas vezes, nós, mulheres, permanecemos em relacionamentos por mais tempo do que deveríamos. ‘Let You Go’ é sobre a liberdade de dizer adeus a essas amarras”.
O Poder da Representatividade em “Let You Go”
A presença de duas mulheres negras e fortes, celebrando sua liberdade e identidade, é uma das mensagens centrais do projeto. Com talento, beleza e autenticidade, Marieme e Luedji Luna representam a força feminina e a diversidade cultural, reafirmando a importância de narrativas que inspiram e conectam pessoas ao redor do mundo.
“Let You Go” vai além de uma parceria musical; é um manifesto de identidade e autonomia, mostrando o impacto do intercâmbio entre culturas. O single já está disponível em plataformas de streaming e tem encantado o público com sua mensagem universal sobre resiliência e autodescoberta.
Moda
Cantoras Brasileiras que quebram padrões através da Moda
A moda vai muito além de uma forma de vestir; é uma linguagem que comunica identidade, crenças e transformações. Na música brasileira contemporânea, artistas como Tássia Reis, Maria Beraldo, Letrux, Jup do Bairro, Alice Caymmi e Lei Di Dai utilizam suas escolhas de estilo para transcender normas e construir narrativas que questionam padrões de gênero, feminilidade e acessibilidade na moda.
Moda como Manifesto Pessoal
Para Maria Beraldo, clarinetista e cantora, a moda desempenhou um papel crucial no processo de autoaceitação e saída do armário. Seu estilo flutua entre o feminino e o masculino, incorporando peças como blazers e hot pants que instigam questionamentos sobre os limites tradicionais de gênero.
Essa liberdade estilística, que reflete sua busca por identidade, também está presente no trio Bolerinho, onde Maria e as outras integrantes exploram referências culturais, como a obra de Frida Kahlo, para criar visuais autênticos e livres de padrões opressores.
Letrux também encontrou na moda uma extensão de sua arte. Após o lançamento do álbum Letrux em Noite de Climão, ela adotou o vermelho como sua cor-símbolo, associando-se ao drama e à paixão de sua música. Com uma estética tomboy tropicalizada, Letrux une o minimalismo e a androginia a elementos vibrantes e vintage, mostrando que a moda é uma narrativa visual de sua obra.
Moda e Feminismo
O feminismo tem sido uma força motriz na transformação de muitas dessas artistas, moldando não só suas visões de mundo, mas também suas relações com o vestir. A cantora Tássia Reis, por exemplo, encontrou na moda uma forma de resistência e criação. Fundadora da marca Xiu, ela traduz sua experiência de vida em peças acessíveis e estilosas, ressignificando a moda streetwear como um espaço de empoderamento.
Já Jup do Bairro traz um olhar crítico e político para sua relação com a moda. Criadora da marca No Pano, ela busca superar as limitações da indústria ao criar peças genderless que contemplem corpos diversos, promovendo uma moda inclusiva e sem restrições de gênero. Sua postura reforça a ideia de que a moda é uma ferramenta de proteção e afirmação para pessoas trans e corpos marginalizados.
Roupas como Expressão Artística
O ato de vestir-se, para muitas dessas artistas, vai além do estilo pessoal: é um meio de explorar personagens e expandir limites criativos. Alice Caymmi, por exemplo, transformou seu visual ao longo de sua carreira, transitando de uma estética dark para um universo pop cheio de cores neon e tule. Para ela, a moda é uma mistura entre o estranho e o bonito, um espaço onde o novo pode emergir.
Lei Di Dai, por outro lado, combina tecidos brilhosos e streetwear para compor seus looks, sempre desafiando normas impostas a corpos gordos. Ela enfatiza que o ato de vestir-se como se deseja é uma afirmação de liberdade. “Quero mostrar que é possível usar o que quisermos, independentemente do tamanho ou forma do nosso corpo”, afirma a cantora.
Moda como Inclusão
A indústria da moda tem avançado lentamente na busca por inclusão, mas a realidade ainda é desigual, especialmente para corpos fora dos padrões convencionais.
Muitas das cantoras mencionadas encontraram na criação independente uma forma de superar essas barreiras. Marcas autorais, como as de Tássia Reis e Jup do Bairro, não apenas preenchem lacunas do mercado, mas também reconfiguram os padrões de beleza e consumo.
Essa busca por uma moda mais inclusiva também reflete mudanças em grifes de luxo, que agora flertam com peças genderless e desfiles que unem coleções masculinas e femininas. No entanto, a acessibilidade a essas inovações ainda é limitada. É por isso que iniciativas de estilistas independentes e de brechós ganham força, servindo como espaços de experimentação e liberdade criativa.
Moda como Ato Político
Para essas artistas, a moda não é apenas estética; é uma declaração política. Ao vestir peças que rompem com padrões de gênero e corpos idealizados, elas desafiam sistemas que historicamente restringiram a liberdade de expressão.
Seja com cortes de cabelo ousados, peças vintage ou roupas feitas sob medida, suas escolhas estilísticas falam de uma luta maior por inclusão, respeito e autonomia. No fim, o que une essas cantoras é o uso da moda como uma extensão de suas vozes, tanto nas letras quanto nas escolhas visuais.
Elas provam que estilo não é só sobre o que vestimos, mas sobre como nos apresentamos ao mundo e que histórias decidimos contar por meio disso. Em um mundo que ainda tenta limitar a expressão de muitos, sua postura e criatividade inspiram e abrem caminhos para novas formas de liberdade.
Moda
Sexyy Red lança linha de gloss com nomes inspirados em sua personalidade irreverente
Sexyy Red, uma das artistas mais comentadas do momento no cenário Hip Hop, está expandindo sua influência além da música com o lançamento de sua própria linha de gloss labial.
Sexyy Red, uma das artistas mais comentadas do momento no cenário Hip Hop, está expandindo sua influência além da música com o lançamento de sua própria linha de gloss labial. Conhecida por suas letras provocantes e autenticidade, a rapper decidiu trazer sua energia para o mundo da beleza com uma coleção que reflete sua personalidade vibrante e ousada.
A linha, batizada com nomes criativos e inusitados, já é um sucesso nas redes sociais, com fãs e influencers comentando sobre a originalidade das escolhas. Sexyy Red não apenas busca criar um produto de qualidade, mas também conectar sua marca pessoal ao público, oferecendo itens que traduzem sua identidade e sua forma de se expressar.
O anúncio oficial do lançamento foi feito pela rapper em suas redes sociais, onde mostrou algumas cores e embalagens do gloss. A recepção foi imediata, com milhares de curtidas e comentários de fãs entusiasmados. Cada produto parece carregar uma história, mostrando que Sexyy Red se envolveu ativamente no processo criativo da linha.
A entrada de artistas do Hip Hop no universo da beleza não é uma novidade, mas Sexyy Red traz algo único ao setor: uma fusão entre a estética urbana e uma abordagem autêntica, que conversa diretamente com seu público. Além disso, a coleção reflete o empoderamento e a confiança que ela transmite em suas músicas, ampliando ainda mais seu impacto cultural.
Com esse lançamento, Sexyy Red solidifica sua posição como uma das figuras mais inovadoras do momento, mostrando que sua influência vai muito além do estúdio. Seu novo empreendimento é mais uma prova de como o Hip Hop continua a influenciar e a se integrar a diferentes indústrias, mantendo-se sempre relevante e à frente das tendências.
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Ajuliacosta: Uma Voz Potente do Hip Hop Brasileiro
Ajuliacosta, ou simplesmente AJC, é um dos nomes mais promissores da nova geração do hip hop brasileiro. Com 26 anos, a jovem de Mogi das Cruzes equilibra com maestria duas paixões que definem sua trajetória: a música e a moda.
Mais do que talentos distintos, essas áreas se unem para promover um objetivo claro: valorizar a cultura periférica e expandir os horizontes da representatividade negra em espaços historicamente elitizados.
Início de Uma Trajetória Singular
A jornada de Ajuliacosta começou ainda na adolescência, quando transformou seu interesse por costura em uma fonte de renda. Aos 14 anos, ela já customizava roupas para vender entre colegas na escola. O que começou como um hobby cresceu, e aos 17, com os R$ 700 de seu FGTS, fundou a Ajuliacosta Shop, sua própria marca de roupas.
Operando inicialmente de sua casa, no condomínio da CDHU, a jovem realizava todo o processo de produção: da escolha dos tecidos à entrega em estações de metrô.A marca nasceu com o propósito de dialogar com a cultura negra e marginalizada, trazendo a essência das ruas e do hip hop para o design das peças.
Hoje, o empreendimento é um sucesso consolidado, contando com um time de 78 funcionárias e lojas físicas em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de um e-commerce.
O Início da Jornada Musical
Apesar do amor pela música estar presente desde cedo, foi somente em 2021, durante a pandemia, que Ajuliacosta decidiu transformar esse sonho em realidade.
Lançando suas primeiras músicas, ela encontrou uma forma única de integrar seus dois mundos: os videoclipes também promoviam suas coleções. Essa estratégia criativa uniu sua arte musical à moda, reforçando a identidade multifacetada da artista.
Seu single “O Tipo de Garota” exemplifica bem essa integração. No videoclipe, ela aparece vestindo peças da Ajuliacosta Shop, mostrando como a moda não é apenas um complemento, mas parte essencial de sua narrativa artística. “A moda e a música refletem uma na outra. Meu trabalho em ambos os campos está atrelado à história de uma mulher negra e periférica”, afirma.
Narrativas Poderosas no Hip Hop
Ajuliacosta utiliza suas letras para abordar temas como desigualdade, racismo e o dia a dia da quebrada. Em “Mina Chavosa”, um de seus maiores sucessos, ela descreve os desafios enfrentados por jovens negras nos centros urbanos: “Se eu ficar de favela os polícia joga pimenta, e se eu for pro centro eles vão dar enquadro”.
Sua capacidade de transformar experiências pessoais em narrativas universais faz com que sua música ressoe não apenas no Brasil, mas também em palcos internacionais.O álbum Brutas Amam, Choram e Sentem Raiva é um exemplo claro de como Ajuliacosta desafia as convenções do rap brasileiro.
Em um cenário muitas vezes dominado por rimas aceleradas e fórmulas previsíveis, ela aposta em uma prosódia mais relaxada, com faixas que exploram emoções complexas e apresentam um olhar mais intimista sobre a vida nas periferias.
Uma Rapper com Impacto Internacional
Além de conquistar o público brasileiro, Ajuliacosta tem expandido sua influência para fora do país. Em 2024, ela participou do festival Karnaval With Love, em Paris, onde apresentou um pocket show no renomado Cité de la Mode.
Durante a performance, a artista misturou o rap com bases de dembow, um gênero musical dominicano próximo ao funk, mostrando sua versatilidade e habilidade de se conectar com diferentes culturas.
Sua apresentação, marcada por energia e autenticidade, atraiu tanto fãs brasileiros quanto um público estrangeiro que aplaudiu sua entrega no palco. Ao se apresentar como “uma rapper da América Latina”, Ajuliacosta reforçou a importância de ocupar espaços internacionais, levando consigo as histórias e a cultura das periferias brasileiras.
O Lugar das Mulheres no Rap
Ajuliacosta faz parte de uma nova onda de rappers mulheres que têm transformado a cena do hip hop no Brasil. Junto a nomes como Tasha e Tracie, MC Luanna e Duquesa, ela desafia os estereótipos de um gênero historicamente dominado por homens. Para ela, a presença feminina no rap não é apenas uma conquista pessoal, mas um movimento coletivo que busca expandir os limites do que é possível dentro do estilo.
“Estamos aqui para mostrar que mulheres também podem liderar o rap, contar histórias e cativar diferentes públicos”, afirma a artista. Apesar das barreiras, ela reconhece que a cena está em transformação, com rappers mulheres ganhando cada vez mais espaço tanto no Brasil quanto em mercados internacionais, como Estados Unidos e França.
Transformando Realidades
Mais do que uma rapper, Ajuliacosta é uma voz para a periferia. Suas letras são carregadas de referências à cultura negra e às vivências de mulheres como ela, que enfrentam desafios diários para serem vistas e respeitadas. Ao mesmo tempo, sua presença em festivais e eventos internacionais demonstra o potencial do hip hop brasileiro de romper fronteiras e dialogar com outras culturas.
Seja rimando sobre as dificuldades de crescer na periferia ou celebrando a força das mulheres negras, Ajuliacosta não deixa dúvidas de que sua arte é uma ferramenta de resistência e transformação.
Como ela mesma diz, sua missão vai além da música: é sobre criar espaços e abrir caminhos para que outras mulheres possam ocupar lugares de destaque, tanto na arte quanto na vida.
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