Oruam dá entrevista a Roberto Cabrini e você já pode assistir

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Moyses

Roberto Cabrini e Oruam sentados
Imagem: Reprodução/X

Oruam dá entrevista a Roberto Cabrini, e matéria ficou disponível no domingo, no Domingo Espetacular (televisão) e na segunda-feira, no canal, Record Cabo Verde.

Dessa forma, o rapper abriu sua mansão no Joá, Rio de Janeiro, e também foi até ao Morro do Alemão, que integra o Complexo do Alemão.


Oruam: polêmicas, rótulos e planos

Oruam, hoje domina o top entre os mais ouvidos do Spotify, mas mesmo sendo um dos maiores artistas brasileiro da atualidade, ele revela algo que não gosta na mídia. A forma como ela o retrata: “filho de traficante”.

E apesar de não ter negado, Oruam diz a Cabrini: “o que meu pai fez, ele já pagou, chefe”. E revela que apesar do preconceito enfrentado, ele já aprendeu a lidar com isso.

Vale mencionar, para quem não sabe, que o artista é filho de Marcinho VP, que hoje carrega o fardo de ser um dos maiores traficantes do Comando Vermelho.

Planos com a namorada e questões com a polícia

Apesar de toda fama, e tudo o que o sucesso traz, inclusive mulheres, Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, nome completo de Oruam, tem uma namorada, que diz ter sido sua primeira.

Fernanda Valença complementa: “e única”. Além disso, o casal, que atualmente está noivado, revelou que pretende se casar. Quando questionado se seria com papel e de “forma antiga” por Cabrini, Oruam respondeu “é claro!”.

Em seguida, enfatizou que o motivo de tanta certeza, e é o fato de ele prezar pela sua família.

Após falar dos planos com a namorada, o rapper comenta sobre os dois episódios com a polícia, em que ele foi preso.

Uma das situações foi em Portugal, quando o artista foi parado em um shopping e questionado por policiais locais.

No Rio de Janeiro, o artista teve o polêmico episódio, em que fez um “cavalinho de pau” em frente a uma viatura da polícia. Outro caso, foi um em que disparou com uma arma de fogo, o que inclusive, o rapper compartilhou em suas redes sociais.


Oruam fala sobre seu pai: Marcinho VP

Cabrini pergunta quando Oruam descobriu que o “poderoso Marcinho VP, do comando vermelho” era os eu pai.

Então, o artista debate, afirmando que seu pai não era o líder da facção, e que por ter sido preso com 19 anos, ele não pode ser esse monstro todo que a mídia alega. Além disso, ele complementou:

Roberto Cabrini e Oruam sentados
Imagem: Reprodução/X

“Um exemplo de pai pra mim, tipo… me deu tudo. Ele tentou esconder a gente o tempo todo da favela. Tentou esconder a gente do morro, tirar a gente do morro. Para que a gente não olhasse aquilo ali, e visse aquilo ali, e querer ser aquilo ali pra gente, sabe? Eu não escolhi o pai que tenho. Se fosse eu escolher o pai que tenho, escolheria meu pai”.

Outro questionamento forte de Cabrini, foi em relação às conquistas do artista, e se há alguma influência do seu pai no que ele tem hoje. Assim, enfatiza que tudo foi conquistado com sua música, e a maior influência de Marcinho, foi a educação.

Assim, ele destaca que superou as expectativas por ser um filho de traficante, e que escolheu outro caminho: a música.

A sedução e relação com o crime

Questionado se já se sentiu seduzido pelo crime, Oruam afirma que praticamente todo jovem no Rio de Janeiro se sente tentado a isso.

Quando à polêmica em que ele deu tiros para o alto em um condomínio na cidade de Igaratá, ele não nega que deu um “probleminha”, mas afirma que era tudo para gravação de um clipe.

Ele também diz que não era sua intenção dar um “cavalinho de pau” em frente à viatura, e nega qualquer relação com “jogada de marketing”.

No entanto, revela que já estava se programando para lançar o seu álbum e após ver que ele saiu na mídia como sendo preso, usou isso a seu favor.

Alguns dias depois, Oruam novamente foi para a cadeia. Dessa vez, foi por conta de abrigar um amigo que estava foragido da polícia.

Entretanto, disse que não sabia da situação do amigo, e que não se arrepende do que fez, já que se tratava de um amigo.


Oruam sobe o Morro do Alemão

Ao chegar no local em ele cresceu, as crianças o recebem de forma calorosa. Durante a entrevista, lembra que uma das melhores imagens, é uma junto com o seu tio, que era DJ na comunidade.

Em relação ao carinho e a forma como é recebido, ele aponta que na verdade só canta a realidade da favela, por isso gera identificação com quem é de lá.

Este é um dos momentos em que o artista aparece realmente como a voz da favela, e denuncia a desigualdade. Alerta ainda que não falta talento, mas oportunidade.

Oruam também relata que nunca vai parar de fazer música, uma vez que, ele se intitula como a voz de quem não pode falar.

Nos momentos finais da entrevista, o rapper fala de questões como a polêmica Lei Anti-Oruam. Cabrini pergunta se o artista falou com Amanda Vetorazzo, responsável por protocolar este projeto de lei em São Paulo. Oruam diz que não é possível conversarem, pois, ela não veio de onde ele veio.

Quanto à Elias Maluco, um traficante no RJ, e a quem Oruam dedicou uma tatuagem, o rapper afirma que condena o seu erro, e diz que não tem dizer o contrário. Por outro lado, como alguém próximo, ele diz que o ama, por conta da relação que tiveram.

Assim, para quem não viu a entrevista, não deixe de conferir ela completa para entender melhor sobre a carreira e a vida do artista.

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