Música
Saafir, ator e rapper, morre aos 54 anos e deixa legado no Hip Hop e no cinema
O mundo do Hip Hop está de luto. Saafir, lendário rapper de Oakland e figura essencial para o rap da Costa Oeste, faleceu na manhã de terça-feira, 19 de novembro, aos 54 anos.
O rapper e ator estadunidense Reggie Gibson, mais conhecido como Saafir, faleceu aos 54 anos, na última terça-feira (19). A notícia foi confirmada pelo rapper Xzibit, amigo e parceiro musical, que prestou homenagem ao artista nas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada oficialmente, mas Saafir enfrentava problemas de saúde há anos, incluindo complicações de um câncer na coluna.
Um ícone da cultura Hip Hop
Saafir foi um dos nomes marcantes do Hip Hop na Costa Oeste dos Estados Unidos. Integrante do grupo Golden State Project, ao lado de Ras Kass e Xzibit, ele consolidou seu lugar na história do rap com seu estilo único e letras carregadas de vivências pessoais. Além de sua carreira musical, Saafir também atuou em produções cinematográficas e televisivas.
Ele estreou como ator no filme “Perigo para a Sociedade” (1993), dirigido pelos irmãos Hughes, em um papel que marcou sua entrada no mundo do entretenimento além da música. Ao longo da carreira, ele participou de outras produções, como “Tamales and Gumbo” (2015) e as séries “CSI: Miami” (2003), “O Guardião” (2001) e “Living Single” (1997).
Uma vida marcada por desafios
Saafir teve uma trajetória cheia de desafios e superações. Amigo próximo de Tupac Shakur, ele foi apresentado por Tupac aos diretores de “Perigo para a Sociedade”, o que impulsionou sua carreira no cinema. Em 1992, o rapper foi um dos passageiros do voo 843 da TWA, que sofreu um acidente durante a decolagem. Apesar do susto, não houve vítimas fatais.
Em 2003, Saafir foi preso por violação de liberdade condicional. Durante seu período na prisão, ele encontrou força no islamismo, o que marcou uma nova fase em sua vida e carreira. Mesmo após sua libertação, enfrentou problemas de saúde que limitaram suas atividades, mas nunca abandonou a música, que ele via como uma forma de terapia e expressão.
Homenagens e legado
Xzibit, seu amigo e colega no Golden State Project, prestou uma homenagem emocionada em suas redes sociais:
“Temos tantas histórias que não consigo nem explicar o que estou sentindo agora. Nós estávamos ao seu lado e o deixamos saber o quanto o amávamos. Ele pode descansar agora. […] Minha alma está arrasada. Nós te amamos, irmão.”
Saafir será lembrado como um artista que trouxe autenticidade para suas rimas e papéis no cinema. Sua jornada, marcada por superações e uma constante busca por propósito, é um exemplo do poder transformador da arte.
Ele deixa um filho, conhecido como Lil Saafir, e um irmão mais novo. Ainda não há informações sobre cerimônias públicas em sua homenagem.
Eventos
Kendrick Lamar e SZA Anunciam Turnê Conjunta “Grand National Tour” para 2025
Os fãs de Kendrick Lamar e SZA já podem começar a se preparar para um dos eventos mais aguardados do ano.
Os fãs de Kendrick Lamar e SZA já podem começar a se preparar para um dos eventos mais aguardados do ano. Os dois gigantes da música anunciaram oficialmente a “Grand National Tour”, uma turnê conjunta que promete incendiar os palcos em 2025. A notícia foi recebida com grande entusiasmo pelo público, marcando a primeira vez que os artistas, ambos da icônica gravadora Top Dawg Entertainment (TDE), compartilham uma turnê de grande escala.
A turnê terá início em março de 2025, com um total de 30 shows confirmados, passando por várias cidades da América do Norte, Europa e outras regiões ainda a serem anunciadas. Kendrick Lamar, um dos rappers mais aclamados do momento, e SZA, ícone do R&B contemporâneo, trarão performances que misturam sucessos consagrados com novos projetos, criando uma experiência única para os fãs.
Além de celebrar suas carreiras, a “Grand National Tour” também reflete o impacto cultural e artístico dos dois artistas. Kendrick Lamar, conhecido por álbuns como “DAMN.” e “To Pimp a Butterfly”, continua a impressionar com sua habilidade de contar histórias por meio do rap, enquanto SZA, que dominou as paradas com o álbum “SOS”, redefine o R&B com sua sonoridade inovadora e letras profundas.
O anúncio também vem com a promessa de colaborações inéditas no palco, algo que já deixou os fãs especulando sobre possíveis surpresas durante os shows. Ambos os artistas já provaram sua química musical em colaborações anteriores, como na faixa “All the Stars”, que foi indicada ao Oscar como parte da trilha sonora do filme Pantera Negra.
A “Grand National Tour” é mais do que um evento musical; é um momento de celebração para a comunidade do Hip Hop e do R&B. Com produções grandiosas, visuais impactantes e performances emocionantes, Kendrick Lamar e SZA estão prontos para criar um espetáculo que ficará marcado na história da música.
Música
Quebrada Queer: O Primeiro Grupo LGBTQIAPN+ do Rap Nacional
No cenário musical brasileiro, a representatividade tem ganhado cada vez mais espaço, com artistas de diversas origens e identidades se destacando em gêneros antes considerados conservadores.
O Quebrada Queer desponta como um marco dessa transformação, sendo o primeiro grupo de rap formado exclusivamente por artistas LGBTQIAPN+ no Brasil. Com coragem, talento e uma mensagem de resistência, o coletivo não só ocupa espaço no hip-hop, mas redefine os paradigmas do gênero.
A Revolução Quebrada
Formado por Murilo Zyess, Tchelo Gomez, Guigo, Apuke, Harlley e Lucas Boombeat, o Quebrada Queer surgiu em 2018, no coração de uma cena musical que ainda engatinhava no que diz respeito à inclusão de artistas LGBTQIAPN+. Embora nomes como Rico Dalasam e Jeza da Pedra já tivessem aberto caminhos, o rap brasileiro ainda carecia de um grupo coletivo que unisse vozes dessa comunidade. Foi nesse contexto que o Quebrada Queer lançou sua primeira música, intitulada “Quebrada Queer”, marcando presença no canal Rap Box.
A faixa rapidamente conquistou o público, tornando-se viral e consolidando o grupo como uma força emergente no hip-hop. Mais do que um hit, a música representava um manifesto — uma declaração de existência e resistência. O grupo não apenas apresentava rimas afiadas e poéticas, mas também desafiava os padrões tradicionais do gênero, promovendo uma estética e uma mensagem inclusivas.
Por que o Quebrada Queer é Necessário?
O surgimento do Quebrada Queer não é apenas um marco na música; é uma resposta a um contexto social e cultural que por muito tempo silenciou vozes LGBTQIAPN+. O hip-hop, conhecido por suas raízes na denúncia social e na busca por justiça, ainda carregava um estigma de exclusão em relação à diversidade sexual e de gênero. Grupos como o Quebrada Queer provam que o rap pode — e deve — ser um espaço para todas as identidades.
Ao se estabelecerem como o primeiro grupo de rap LGBTQIAPN+ do Brasil, os integrantes do Quebrada Queer assumiram a responsabilidade de representar uma comunidade que muitas vezes encontra barreiras para se expressar. “A música é poesia, e a poesia não tem fronteiras”, afirma Guigo, um dos integrantes. Essa visão se reflete nas letras do grupo, que abordam temas como aceitação, resistência e a luta por espaços de visibilidade.
Diversidade como Força Criativa
Uma das características mais marcantes do Quebrada Queer é a diversidade de seus integrantes. Cada um deles traz influências únicas para o grupo, que vão desde o R&B e o pop até o rap clássico e o dancehall. Essa riqueza de estilos resultou em um som inovador, que quebra os limites do rap tradicional e dialoga com uma ampla gama de públicos.
O primeiro EP do grupo, é um reflexo dessa pluralidade. Com faixas que misturam ritmos e narrativas, o álbum destaca a força criativa do coletivo. “A gente faz rap, mas não nos limitamos a um único rótulo”, explica Guigo. Essa liberdade criativa permitiu ao Quebrada Queer construir um trabalho autêntico, que dialoga tanto com fãs do gênero quanto com quem busca novas formas de expressão artística.
Visibilidade e Desafios
Com o sucesso, o Quebrada Queer ganhou visibilidade rapidamente. O grupo não apenas conquistou uma base de fãs fiel, mas também chamou a atenção de grandes nomes da música brasileira, como Criolo, com quem dividiram o palco no Circo Voador, um dos espaços mais emblemáticos da cultura musical no Brasil. Esses momentos de reconhecimento reafirmaram a importância de ocupar espaços e abrir caminhos para outros artistas LGBTQIAPN+.
No entanto, o sucesso também trouxe desafios. Como figuras públicas, os integrantes do grupo enfrentaram preconceito e até ameaças de morte, refletindo a realidade vivida por muitas pessoas LGBTQIAPN+ no país. Apesar disso, o grupo se manteve firme em sua missão. “Sabíamos que estávamos fazendo algo importante, não só por nós, mas por todos aqueles que precisam de representatividade”, diz Guigo.
A Importância da Representatividade
O Quebrada Queer vai além da música. Eles são um símbolo de resistência e esperança para muitas pessoas, especialmente jovens LGBTQIAPN+ que buscam referências em uma sociedade que ainda luta contra preconceitos. Suas letras carregam mensagens de empoderamento e inclusão, criando um espaço onde todos podem se sentir representados.
Para o grupo, a visibilidade conquistada é apenas o começo. Eles acreditam que a verdadeira transformação ocorre quando artistas LGBTQIAPN+ são incluídos em line-ups de grandes festivais e eventos mainstream, e não apenas em espaços voltados para militância ou celebrações específicas da comunidade. “Precisamos de mais oportunidades. A representatividade não deve ser limitada a nichos; ela deve ser parte integral da cena”, reforça Guigo.
Um Movimento Coletivo
O Quebrada Queer é mais do que um grupo de rap. Eles são a manifestação de um movimento maior, que busca igualdade, respeito e visibilidade para todas as identidades. Ao se unirem como coletivo, eles mostram que a força da união pode superar desafios e abrir novos horizontes.
Além disso, o grupo também inspira outros artistas LGBTQIAPN+ a ocuparem espaços e explorarem sua arte de forma autêntica. Eles são a prova de que é possível criar música de qualidade enquanto se luta por uma causa maior. Sua trajetória é um lembrete de que a música é uma das ferramentas mais poderosas de transformação social.
O impacto do Quebrada Queer no cenário musical brasileiro é inegável. Eles abriram portas, desafiaram preconceitos e criaram um novo modelo de representatividade no rap. O grupo continua a trabalhar em novos projetos, mantendo o foco em sua missão de amplificar vozes LGBTQIAPN+ e fortalecer a cena musical.
Música
Prêmio Multishow 2024 – Música urbana em destaque
A noite do Prêmio Multishow 2024 foi marcada por apresentações emocionantes, surpresas e um reconhecimento poderoso aos talentos que movimentaram a música brasileira ao longo do ano.
A noite do Prêmio Multishow 2024 foi marcada por apresentações emocionantes, surpresas e um reconhecimento poderoso aos talentos que movimentaram a música brasileira ao longo do ano. Realizado no Rio de Janeiro, o evento reuniu artistas de diversos gêneros e reafirmou a força da cultura musical no país, com destaque para nomes que representam a diversidade e a inovação na indústria.
Entre os grandes vencedores da noite, Liniker brilhou ao conquistar o prêmio de Cantora do Ano, consolidando seu espaço como uma das vozes mais impactantes da música nacional. Anitta, por sua vez, levou para casa o troféu de Clipe do Ano com o hit “Funk Rave”, uma produção que reafirma sua versatilidade e o alcance internacional de sua carreira.
Outro momento emocionante foi a homenagem prestada a MC Hariel, que recebeu o troféu de Melhor Cantor. O artista, um dos nomes mais importantes do funk e da música periférica, dedicou o prêmio aos fãs e às comunidades que ele representa. Sua performance no palco foi um dos destaques da noite, arrancando aplausos calorosos do público e reforçando a relevância de sua trajetória.
O evento também reconheceu a música independente e os novos talentos, com categorias que celebraram a criatividade e a inovação no cenário brasileiro. Artistas emergentes, como Marina Sena e Jão, foram ovacionados, mostrando que a nova geração está conquistando cada vez mais espaço e relevância.
Com apresentações que variaram de performances intimistas a shows cheios de energia, o Prêmio Multishow 2024 conseguiu capturar a essência da música brasileira, que continua a se reinventar e a tocar corações em diferentes formatos e linguagens. A premiação também reafirmou a importância de se valorizar as raízes e a diversidade cultural, com discursos e homenagens que destacaram a representatividade em todas as suas formas.
O encerramento da noite ficou por conta de um show coletivo que reuniu vários artistas vencedores, em um momento de celebração e união. O Prêmio Multishow 2024 não apenas premiou os melhores do ano, mas também consolidou seu papel como uma plataforma de visibilidade para a música brasileira em todas as suas vertentes.
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