Justiça Rejeita Alegação de Imunidade de Keefe D em Caso de Assassinato de 2Pac

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Duane “Keefe D” Davis, um nome envolto em polêmica desde o brutal assassinato de 2Pac em 1996, terá que responder na justiça pelas acusações de envolvimento no crime. A decisão foi confirmada na última terça-feira (21 de janeiro) pela juíza Carli Kierny, que negou a moção de defesa apresentada por Keefe, na qual ele buscava o arquivamento das acusações sob a alegação de imunidade.

A defesa de Keefe D argumenta que seus direitos constitucionais foram comprometidos devido ao longo atraso no andamento do caso. Segundo os advogados, o tempo decorrido desde 2009, quando a polícia de Las Vegas teria obtido informações cruciais, resultou na deterioração de memórias, no desaparecimento de testemunhas e na destruição de evidências físicas. A estratégia também tenta deslegitimar as acusações, alegando que a promotoria não possui provas concretas além de declarações feitas pelo próprio Keefe D em contextos informais e supostamente sob acordos de imunidade que, segundo os promotores, nunca existiram.

O cerne da controvérsia está em alegações anteriores de Keefe D que implicaram figuras proeminentes, como Diddy, na suposta encomenda do assassinato de 2Pac. Além disso, o caso é agravado pela morte ou prisão de outros possíveis envolvidos, como Suge Knight, cofundador da Death Row Records, complicando ainda mais a busca por justiça em um dos casos mais emblemáticos da história do rap.

Keefe D se tornou uma figura de interesse após a publicação de seu livro Compton Street Legend (Lenda da Rua Compton), não disponível em português, lançado em 2019. Nele, o autor narra episódios controversos, incluindo detalhes sobre o assassinato de 2Pac. A defesa, no entanto, minimizou o impacto dessas declarações, alegando que partes do livro foram escritas por um coautor e que as declarações de Keefe sobre o crime foram feitas apenas para “entretenimento”.

Em declarações à imprensa, Carl Arnold, advogado de Keefe, tentou reforçar a tese de que seu cliente está sendo alvo de uma narrativa mais focada em lucros do que em justiça. “Não há evidências de que ele esteve envolvido no assassinato de 2Pac. Ele fez o que muitos já fizeram: publicou um livro e ganhou dinheiro. Até o investigador do estado admitiu que isso tudo se trata de dinheiro.”

Com a rejeição da moção de arquivamento, o caso avança em direção a um julgamento que promete trazer à tona um dos capítulos mais obscuros do universo do rap. A decisão marca um momento importante para os fãs e observadores do caso, que há quase três décadas aguardam respostas sobre a morte de Tupac Shakur, um dos maiores ícones da música e da cultura negra.

O processo judicial contra Keefe D representa uma chance de esclarecer detalhes que, até hoje, permanecem envoltos em mistério. Resta saber se as evidências, ou a falta delas, serão suficientes para sustentar as acusações ou se o caso seguirá como um dos enigmas mais inquietantes da história policial americana.

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